Antivacina e bolsonarista, coordenadora de medicina se desliga após UnB cobrar passaporte vacinal
Antivax, médica e professora Selma Kuckelhaus afirmou estar "em desacordo com a gestão da faculdade", que decidiu
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Metrópoles - A coordenadora do curso de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Selma Kuckelhaus, pediu desligamento da função, nesta quinta-feira (27), após a instituição aprovar a cobrança do passaporte da vacina para acesso aos campi universitários.
Em comunicado compartilhado aos integrantes do curso, a professora afirma não ter tomado nenhuma dose do imunizante e, por isso, acabou ficando “em desacordo com a gestão da faculdade”.
“Torno pública a minha decisão, devidamente formalizada ao diretor da FM nesta data, de me desligar da coordenação da graduação do curso de medicina. Tal decisão foi motivada pela recente implantação do passaporte sanitário na Faculdade de Medicina, que hoje foi aprovada pelo CAD para toda a comunidade universitária”, iniciou.
“Assim, e considerando que componho o grupo de servidores não vacinados, a minha posição como coordenadora ficou em desacordo com a gestão da faculdade”, afirmou.
“Liberdades individuais”
Autodeclarada “árdua defensora das liberdades individuais”, a professora afirmou ser “sensível ao momento pandêmico vivenciado”, mas colocou em dúvidas as fórmulas já testadas e aprovadas pelas autoridades sanitárias do país e referendadas pelo Ministério da Saúde.
“É sabido que as vacinas estão em desenvolvimento e, nessa fase, tanto a segurança quanto a eficácia suscitam inúmeros questionamentos. Para além disso, as vacinas disponíveis não impedem a infecção e tampouco o contágio, como demonstrado pelos inúmeros casos de infecção de indivíduos vacinados”, sublinhou
Leia a carta na íntegra:
“Prezados professores, técnicos e estudantes,
Torno pública a minha decisão, devidamente formalizada ao diretor da FM nesta data, de me desligar da coordenação da graduação do curso de medicina.
Tal decisão foi motivada pela recente implantação do passaporte sanitário na Faculdade de Medicina, que hoje foi aprovada pelo CAD para toda a comunidade universitária. Assim, e considerando que componho o grupo de servidores não vacinados, a minha posição como coordenadora ficou em desacordo com a gestão da faculdade.
Em acréscimo, declaro que sou sensível ao momento pandemico vivenciado por todos nós, bem como às soluções criadas para o cuidado dos pacientes. Dentre essas, é sabido que as vacinas estão em desenvolvimento e, nessa fase, tanto a segurança quanto a eficácia suscitam inúmeros questionamentos. Para além disso, as vacinas disponíveis não impedem a infecção e tampouco o contágio, como demonstrado pelos inúmeros casos de infecção de indivíduos vacinados
Diante do exposto, entendo ser uma incongruência a imposição do passaporte sanitário, desconsiderando os indivíduos que se recuperaram da infecção pela Covid-19 e que possuem imunidade natural, bem como aqueles que não sentem segurança nas vacinas disponíveis e julgam que o risco supera o benefício. Além disso, sou árdua defensora das liberdades individuais.
Declaro a todos que sou muito grata à gestão da FM pela confiança depositada a mim, bem como pelo amplo aprendizado adquirido ao longo dos últimos 3 anos. Minha gratidão a todos os professores, servidores técnicos da secretaria de graduação e direção, bem como aos estudantes.
Com votos de que haja pacificação e bom senso na tomada das decisões pelos gestores da universidade, me coloco à disposição para auxiliar a todos na medida das minhas habilidades.
Graça e paz a todos!
Profa. Selma Kuckelhaus
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