Amigo dos Bolsonaro, secretário compra mansão de R$ 6,7 milhões
José Vicente Santini foi demitido em janeiro de 2020 por uso de avião da FAB, mas readmitido meses depois
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247 - Amigo íntimo dos filhos de Jair Bolsonaro, e próximo também do presidente, José Vicente Santini coleciona episódios escandalosos junto ao governo. Desta vez, investigação dos jornalistas Rodrigo Rangel eJeniffer Gularte, do site Metrópoles, aponta uma operação imobiliária suspeita: a compra de uma mansão em Brasília por R$ 6,7 milhões.
Santini foi demitido em janeiro de 2020 após ter usado um jatinho da FAB para viajar para Davos e Índia. Filho de general do Exército, ele estudou em colégio militar e é amigo de infância de Eduardo Bolsonaro e Flávio Bolsonaro e participava de churrascos e festas com a família Bolsonaro. Após a demissão, os filhos insistiram para que ele retomasse alguma função no governo.
Oito meses depois, ele foi nomeado assessor especial do então ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Na sequência, voltou a despachar no Palácio do Planalto, de novo como número dois de uma pasta com status de ministério: passou a secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, que serve diretamente ao gabinete do presidente da República.
Em agosto do ano passado, Santini mudou novamente de posto, que ocupa até hoje: o de secretário nacional de Justiça, prestigiada função no poderoso ministério.
No início deste ano, junto com sua mulher, jornalista, Santini comprou uma casa em uma das áreas mais valorizadas do Lago Sul de Brasília por nada menos que R$ 6,7 milhões - valor ainda mais alto que a escandalosa mansão de Flávio, que custou R$ 5,9 milhões.
Como parte do pagamento, o secretário deu em troca, ao preço de R$ 4,2 milhões, uma cobertura de 324 metros quadrados que havia comprado em outro bairro nobre de Brasília, o Noroeste. A cobertura tinha sido adquirida em abril de 2020, três meses após Santini ser exonerado da Casa Civil por causa do episódio do jatinho.
A casa comprada por José Vicente Santini fica em um condomínio fechado localizado na mesma região do Lago Sul onde está a mansão de Flávio. Mesmo a cobertura de 324 m², aponta a reportagem do Metrópoles, também foi adquirida em condições que chamam atenção: Santini pagou R$ 400 mil e financiou os R$ 2,6 milhões restantes junto ao banco Santander. O contrato de financiamento previa o pagamento de 420 prestações de R$ 22,3 mil reais, valor acima de todos os salários que Santini recebeu mensalmente no governo até hoje. E a dívida foi quitada bem antes do prazo.
O secretário diz aos repórteres que não ocupa apenas o cargo no governo, mas é também empresário e advogado.
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