Alvo do TSE, vice de Soraya divulga vídeo pró-golpe com canção antifascista

O ministro Alexandre de Moraes foi chamado de "corrupto, comunista e vagabundo". Ex-secretário de Bolsonaro, Marcos Cintra teve conta no Twitter suspensa por espalhar fake news

Marcos Cintra
Marcos Cintra (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


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247 - Candidato a vice-presidente na chapa da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) nas eleições de outubro, Marcos Cintra (União Brasil-SP) compartilhou esta semana, em um grupo de economistas, um posicionamento favorável a um golpe de Estado. Segundo informações publicadas neste sábado (17) pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, no vídeo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, foi chamado de "corrupto, comunista e vagabundo", tendo "Bella Ciao" como a música de fundo. A canção italiana canção italiana se transformou em um hino antifascista na década de 40.

"Que lindo!!!", dizia o texto encaminhado por Cintra. "Essa música tem um sentimento muito forte para os italianos… Os Partigiano’s (sic) foram a resistência contra os nazistas e Mussolini. Morreram muitos mas libertaram a Itália!!!!! Colocada no contexto atual das nossas manifestações no Brasil, caiu muito bem!".

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Cintra foi secretário da Receita Federal do governo Jair Bolsonaro. Em 2022, o político teve sua conta no Twitter suspensa pelo TSE após questionar o resultado das eleições presidenciais e a confiabilidade das urnas eletrônicas.

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A ex-presidenciável Soraya Thronicke não declarou apoio a Bolsonaro ou ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial, que aconteceu em 30 de outubro. O petista venceu por 50,9% a 49,1% dos votos. 

Ações contra golpistas

Nesta semana, a Polícia Federal fez operações contra pessoas acusadas de envolvimento em protestos favoráveis a um golpe. Foram mais de 100 mandados em todo o Brasil, entre busca e apreensão, e prisão, sendo 17 em território sul-mato-grossense. 

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes determinou a suspensão de 168 perfis em redes sociais de suspeitos de financiar ou participar dos atos golpistas.

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Contexto Político

Nos últimos anos, Bolsonaro tentou passar para a sociedade brasileira a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes foram algumas das iniciativas do atual ocupante do Planalto, que também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de Bolsonaro tentar um golpe. 

No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas. O TSE manteve nessa quinta-feira (15) a condenação da legenda

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Steve Bannon

Críticas ao Judiciário são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista de Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

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