Alunos da UnB ganham prêmio internacional

O projeto "Remédios! O que fazer e como fazer" de estudantes da Faculdade de Farmácia, na Ceilândia, foi o melhor entre 15 concorrentes no congresso internacional da área



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UnB Agência - Um projeto do curso de Farmácia, da Faculdade UnB Ceilândia, sobre uso e descarte de remédios, ganhou o reconhecimento de especialistas e alunos de diferentes países durante o 58º Congresso da Federação Internacional de Estudantes de Farmácia, em Hurghada, no Egito. Na conferência, realizada entre 1º e 11 de agosto, o grupo de alunos responsável pela iniciativa recebeu o primeiro lugar na categoria "projeto científico" pelo trabalho de levantamento de dados e campanha de conscientização em diferentes comunidades sobre a importância do bom uso de medicações em casa.

Liderados pela professora Micheline Meiners, os seis alunos desbancaram projetos de estudantes do Japão, Estados Unidos, Tunísia, Canadá, Paquistão e outros nove países. "É muito importante e gratificante ver o trabalho dos alunos da Faculdade UnB Ceilândia tendo seu empenho reconhecido internacionalmente", comemorou a diretora do campus, Diana Lúcia Moura Pinho.

Além do esforço pelo projeto, chamado "Remédios! O que fazer e como fazer", o grupo de estudantes teve de se esforçar também para conseguir apoio para a inscrição. Quatro dos seis membros da equipe foram ao Egito com auxílio da Diretoria de Desenvolvimento Social, do Decanato de Assuntos Comunitários. Como o Brasil ainda não tem uma delegação na federação, foi preciso inscrever os alunos de forma individual e esperar a aprovação da instituição. Esse processo durou cerca de dois meses.

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A professora Micheline conta que a iniciativa de inscrever o projeto no Congresso foi dos estudantes. "Eles organizaram o pôster explicativo do trabalho e as duas exposições orais, uma de cinco e outra de 15 minutos de duração", explicou. As exposições mostravam os resultados do programa desde o início do ano, quando foi criado, até agora.

Nos seis centros de saúde em Ceilândia e na comunidade em Itapoã onde atuaram, os alunos e a professora conseguiram diminuir o índice de intoxicação de crianças e idosos. "Acho que o diferencial do nosso projeto é que ele está diretamente ligado à comunidade. É voltado para uma questão muitas vezes negligenciada, mas que pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso de um tratamento", disse a professora.

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Intercâmbio

Em si, a viagem para o Egito foi uma aventura para os estudantes, além de oportunidade de conhecer pessoas de todo o mundo que se interessam pelo mesmo campo de conhecimento. Os quatro representantes tiveram a oportunidade de passar 11 dias no país africano e conhecer diferentes cidades e monumentos históricos. Guilherme Júnio Pinheiro, Lorena Moreira, Camila Araújo Queiroz e Danielle Fontes puderam ver de perto as pirâmides e a antiga Biblioteca de Alexandria. "Foi como se estivéssemos num livro de história", descreveu Camila.

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Durante o congresso, eles trocaram experiências e trabalharam juntos de estudantes de Farmácia de diversas regiões do planeta. Ficaram impressionados com as diferenças entre os países. "Os japoneses se surpreenderam de ainda haver no Brasil pessoas que não sabem ler. Também chamaram nossa atenção os diferentes hábitos dos colegas e dos egípcios", contou Guilherme Pinheiro.

Os estudantes se mostraram muito surpresos com a vitória do projeto. Segundo eles, todos ficaram impressionados com a qualidade dos trabalhos apresentados durante o encontro. "Vimos estudos excelentes. Havia um projeto de aplicativo para celulares e tablets sobre medicamentos, e outro sobre gestão de remédios em hospitais militares", enumerou Danielle Fontes.

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Medicamentos

O projeto "Remédios! O que fazer e como fazer" - parte dos Projetos de Extensão de Ação Contínua (Peac) do Decanato de Extensão - continuará a ser desenvolvido durante todo o ano de 2012. O intuito é continuar a educar a população sobre como usar, guardar e descartar medicamentos de forma adequada. Os dados levantados pela equipe mostram que muitas pessoas não sabem armazenar nem se desfazer de medicamentos que tenham em casa.

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Além dos seis centros de saúde de Ceilândia e da comunidade em Itapoã que recebem ajuda do projeto, a equipe aproveita excursões do Projeto Rondon – um espaço de projetos sociais multidisciplinares – para levar a iniciativa a comunidades mais afastadas, como a da cidade goiana de São João da Aliança. "Pretendemos melhorar o conhecimento da comunidade sobre o uso racional dos remédios e evitar acidentes e intoxicações, principalmente de idosos e crianças. Essa é uma área da Farmácia que precisa ganhar maior visibilidade", explica a professora Micheline Meiners.

Alunos premiados no 58º Congresso da Federação Internacional de Estudantes de Farmácia:

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Isabelle Gomes

Guilherme Júnio Pinheiro

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Lorena Moreira

Camila Araújo Queiroz

Danielle Fontes

Amanda Araújo

Professora responsável pelo projeto: Micheline Meiners

 

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