Alckmin precisa ser rápido porque empresário está em compasso de espera, afirma representante da indústria

"Ele vem de um estado industrializado, tem habilidade para lidar com ambientes difíceis e a capacidade de convergência", disse José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, durante reunião com parlamentares das bancadas aliadas na sede do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, durante reunião com parlamentares das bancadas aliadas na sede do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) (Foto: Marcelo Camargo-Agência Brasil / Reprodução)


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247 - Presidente da Abiplast (associação do setor do plástico), José Ricardo Roriz afirmou que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) "precisa ser rápido" ao esclarecer a representantes do setor industrial brasileiro sobre quais medidas o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) vai colocar em prática. 

"Ele vem de um estado industrializado, tem habilidade para lidar com ambientes difíceis e a capacidade de convergência. O sucesso depende da forma como encaminhará nos próximos meses", disse Roriz em entrevista publicada neste sábado (24) pela coluna Painel. "Não adianta ter um nome super bem aceito se ele não sair rapidamente com as diretrizes, senão atrasa o processo e ficam todos em compasso de espera".

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"O diagnóstico nós já temos. Sabemos que o custo de produzir no Brasil é maior, que precisa de reforma tributária. O investimento ocorre quando tem perspectiva de crescimento, e o papel de quem está à frente do MDIC é criar atratividade e ambiente de negócios favorável. E esse ambiente, até agora, ninguém sabe", continuou o presidente da Abiplast.

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Outras entidades do ramo industrial, como as federações das indústrias de São Paulo e do Rio, e a Confederação Nacional da Indústria aprovaram a recriação da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pelo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mercado reagiu à nomeação de Alckmin no MDIC e sinalizou que espera mais atuação do Estado na economia brasileira. 

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Sobre os primeiros temas que a indústria deve levar ao MDIC, o empresário citou os juros. "A empresa média e pequena praticamente perdeu a capacidade de investimento para comprar novos equipamentos, inovação etc. Qual vai ser o papel com relação a financiamento para desgargalar, aumentar capacidade, investir em pesquisa etc em um cenário de taxas de juros como temos hoje", continuou.

"Quais serão as prioridades com relação a acordos comerciais? Vamos fazer acordos que privilegiem agregação de valor ao nosso produto ou simplesmente fazer acordos para aumentar o fluxo? A abertura comercial vai ter sincronismo com redução do custo Brasil ou será unilateral?", questionou. 

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"Tem a necessidade de se inserir nas cadeias globais de produção e tem as cadeias produtivas estratégicas. Ficou provado na pandemia, por exemplo, com o microchip, que os países ficaram sem produzir. Outra coisa são marcos regulatórios, que avançaram nos últimos anos. Alguns serão modificados? Como e quando? Insegurança jurídica é um fator que tem impacto", complementou.

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