Advogado acusa PM de racismo e tortura por não votar em Bolsonaro

"Perguntaram em quem eu ia votar, se eu votava no PT, e eu disse que sim, que sempre votei no PT. Ai piorou, vieram chutes e xingamentos. ‘Petista de merda’, ‘esquerdista viado’, essas coisas”, relata o advogado

A Operação Mamon, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tem como foco de investigação os contratos relacionados à manutenção e compra de viaturas da Polícia Militar; um deles trata da aquisição de 315 veículos modelo ASX, da Mitsubishi, cada um no valor de R$ 124,3 mil, totalizando R$ 39,1 milhões
A Operação Mamon, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tem como foco de investigação os contratos relacionados à manutenção e compra de viaturas da Polícia Militar; um deles trata da aquisição de 315 veículos modelo ASX, da Mitsubishi, cada um no valor de R$ 124,3 mil, totalizando R$ 39,1 milhões (Foto: PMGO/DIVULGAÇÃO)


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247 - Um advogado negro denuncia que foi vítima de espancamento, abuso de autoridade, racismo e perseguição política por seis policiais militares em Luziânia (GO), cidade do Entorno do Distrito Federal. A informação é do site Metrópoles.

De acordo com reportagem, o advogado teria sido algemado, agredido com socos, spray de pimenta e armas de choque, além de humilhado por ter dito que votava no PT. Ele teria sido obrigado a afirmar que passaria a votar em Jair Bolsonaro para se ver livre da suposta ação truculenta.

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O jovem pediu para não ter o nome divulgado, mas registrou um Boletim de Ocorrência e fez exame no Instituto Médico Legal para comprovar as lesões e denunciou o caso à corregedoria da PM goiana. 

"Quase 24 horas após o fato, ao conversar com o Metrópoles, o advogado ainda estava com a voz bastante rouca – efeitos do spray de pimenta, conforme afirmou", enfatiza a reportagem.

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Como foi

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Ele contou que atravessava a avenida Alfredo Nasser, em Luziânia, acompanhado por dois amigos, sendo o único negro do grupo. Por volta das 23h40 de domingo (27), três viaturas da PM passaram em alta velocidade e fizeram uma manobra bem perto do trio. “Eu perguntei: ‘vai atropelar?’. Ai ele [um dos PMs] já desceu dando três tapas no meu rosto e jogando spray de pimenta”, relata.

O jovem diz ter sido algemado em seguida, enquanto seguiam as agressões. “Socos na cabeça, chutes, muita violência. Aí me jogaram no camburão e pensei que pelo menos ia poder reclamar a um delegado, mas eles me levaram para o batalhão da PM, o 10º Batalhão de Luziânia, me tiraram da viatura e continuaram o espancamento no estacionamento. Gritei muito para ver se aparecia algum superior, mas ninguém veio”, conta.

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“Então perguntaram em quem eu ia votar, se eu votava no PT, e eu disse que sim, que sempre votei no PT. Ai piorou, vieram chutes e xingamentos. ‘Petista de merda’, ‘esquerdista viado’, essas coisas”, acrescentou o advogado, que relata ainda que ao pedir para afrouxar as algemas "eles disseram que se eu parasse de mexer com o PT, poderiam afrouxar" e "que se eu falasse que votaria agora em Bolsonaro eles afrouxariam a algema".

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