Acusado de abuso sexual, diplomata do Irã é expulso
Em nota, o governo iraniano afirmou que o funcionário não agia de acordo com as leis islâmicas; em abril, famílias denunciaram o conselheiro por abusar de meninas entre cinco e 15 anos; à época, embaixada do Irã falou que tudo era um "mal entendido"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Brasília 247 – Cerca de um 40 dias depois das denúncias de que um conselheiro diplomático teria abusado sexualmente de meninas, o governo iraniano informa que o diplomata foi expulso do Ministério de Relações Exteriores do país. O crime teria acontecido no Clube Vizinhança, na Asa Sul.
"Após uma investigação sobre as infrações do funcionário da embaixada da República Islâmica no Brasil, foi concluído que seu comportamento e¬ra contrário ao regulamento administrativo e à conduta profissional e islâmica", afirmou o texto. "Por esse motivo, foi condenado à expulsão do Ministério de Relações Exteriores", acrescentou o comunicado.
Segundo a imprensa brasileira, o diplomata foi acusado de ter acariciado quatro meninas, todas entre cinco e 15 anos, na piscina de um exclusivo clube de Brasília em meados de abril.
O diplomata, que estava em Brasília, teve que ir ao Irã durante a investigação. Ele chegou a ser detido por uma denúncia dos pais de uma menina, mas a polícia teve que liberá-lo depois do interrogatório, seguindo a Convenção de Viena, que protege os diplomatas. De acordo com a Convenção, um diplomata não pode ser processado ou preso no exterior. Isso só poderia acontecer se o país de origem retirar a imunidade diplomática ou for declarado persona non grata pelo governo local, no caso o brasileiro, sendo expulso do território e impedido de ingressar.
As famílias das meninas quiseram linchar o diplomata, que conseguiu escapar graças à intervenção dos seguranças do clube.
Na época das denúncias, a embaixada do Irã em Brasília afirmou que o assunto foi apenas "um mal entendido devido às diferenças culturais de comportamento".
Com informações da AFP e Correio Braziliense.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247