“A pressão começa agora”: congressistas prometem contra-ataque a veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo

“O veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo mostra mais uma vez o quanto ele é contra a cultura. Vamos derrubar esse veto”, declarou o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA)

Ator Paulo Gustavo e a Câmara dos Deputados
Ator Paulo Gustavo e a Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação | Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)


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247 - Congressistas prometeram realizar um verdadeiro contra-ataque ao veto de Jair Bolsonaro (PL) à proposta que destinava R$ 3,86 bi em recursos federais a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 no setor da cultura. 

A decisão de impedir a execução da norma – apelidada de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao ator, vítima da doença em 2021 – foi comunicada na terça-feira (5) pela Secretaria-Geral da Presidência e publicado na edição desta quarta-feira (6) do "Diário Oficial da União (DOU)".

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“O veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo mostra mais uma vez o quanto ele é contra a cultura. Vamos derrubar esse veto”, declarou o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), que acaba de reassumir o mandato, após atuar por um ano como Secretário da Cidades no governo de Flávio Dino (PSB-MA).

Líder da Bancada do PSOL na Câmara, a deputada Sâmia Bonfim (SP) classificou como “injustificável” a decisão do mandatário. “Na calada da noite, Bolsonaro vetou a Lei Paulo Gustavo, que garantiria 3,8bi para a cultura em todas as cidades do Brasil. A justificativa? ‘Contrariar o interesse público’. Inimigo da cultura! Não ficará por isso: vamos à luta pela derrubada desse veto injustificável!”, prometeu.

Eleito pelo Espírito Santo, Fabiano Contarato (PT) declarou oposição também no Senado. “Mas a luta não acabou! Agora, vamos derrubar esse veto absurdo. A cultura brasileira precisa do nosso apoio. Seguiremos!”, afirmou.

Pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSOL-SP, Guilherme Boulos resumiu o ato do presidente: “Retrato deste governo: sobra dinheiro pro Centrão e falta pra cultura”.

Também em crítica à postura bolsonarista, o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aproveitou para recordar o mais recente escândalo envolvendo o presidente, com as denúncias de compra superfaturada de ônibus escolares.

“Sabe o que faria o presidente sancionar? Talvez superfaturar e garantir a sobra pra eles, como estavam fazendo com os ônibus escolares!”, alfinetou.

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Líder da Minoria na Câmara, Alencar Braga (PT-SP) também não poupou críticas a Jair Bolsonaro: “É fruto do desespero do miliciano, que precisa acionar sua base através do ódio para tentar evitar a derrota em outubro”, definiu.

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O projeto de lei que deu origem à proposta é de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA) e foi aprovado pelo Senado em novembro de 2021. Desde então, voltou a sofrer modificações na Câmara, teve de voltar ao Senado em março deste ano e só agora foi encaminhado para sanção de Bolsonaro. Ao todo, o projeto destinava R$ 2,7 bilhões a ações no setor audiovisual e mais de R$ 1 bilhão para ações emergenciais no setor cultural.

Pelo Twitter, o senador que assina o PL também prometeu retaliação: “A pressão começa agora”, escreveu Paulo Rocha.

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