2 mil funcionários do Banco Central entregaram cargos em protesto contra Bolsonaro, diz sindicato
Funcionários entregaram seus cargos contra a política de Bolsonaro, que concedeu aumento salarial para policiais e deixou de lado outros servidores públicos
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que 2 mil funcionários comissionados do banco entregaram seus cargos em protesto à política do governo Jair Bolsonaro, que concedeu aumento salarial para policiais federais e deixou de lado outros servidores públicos.
Os dados informados pelo Sinal foram divulgados em reunião nesta terça-feira, 11, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Trata-se da continuação do movimento que levou funcionários da Receita Federal a se mobilizar contra o governo e entregar cargos no final de dezembro.
Segundo o Sinal, entre os funcionários do BC que entregaram seus cargos, 500 são efetivos ou substitutos e 1,5 mil se comprometeram a não assumir as vagas restantes. Segundo o portal iG, a previsão é que o número possa atingir 3 mil funcionários até o fim deste mês.
Participaram do encontro com Campos Neto, além do Sinal, a Associação Nacional de Analistas do Banco Central (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen), que informaram, em nota, que não houve acordo entre as partes.
"Reunião com o presidente do BC foi amistosa e propositiva. Porém, não houve proposta concreta de reajuste, somente declarações de intenções: 'vamos tentar' 'vamos conversar'", aponta a nota do Sinal.
Os sindicatos ainda mantiveram uma mobilização para o próximo dia 18, que contará com a participação de servidores da Receita Federal e auditores trabalhistas, em protesto contra o BC e o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
Os servidores querem reajuste salarial e atendimento às outras demandas das categorias, como bonificações extras e benefícios previdenciários.
Diante da crise envolvendo os policiais federais — únicos servidores que teriam reajuste salarial — Jair Bolsonaro (PL) recuou e afirmou, no último sábado, 8, que o aumento ainda não está confirmado, causando revolta entre os policiais.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247