Zambelli: resposta de Moro que ‘não estava à venda’ foi calculada para enviar ao JN
Em entrevista à CNN, a deputada disse que a resposta do então ministro a ela não combinava com o diálogo. “Então parece que tudo foi calculado para mostrar a conversa depois”
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247 - A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou em entrevista à CNN neste sábado 25 ter concluído que, ao trocar mensagens com ela via WhatsApp na quinta-feira, véspera de sua demissão, o então ministro da Justiça Sergio Moro já planejava printar o diálogo para vazá-lo ao Jornal Nacional.
Uma das frases ditas por Moro - “prezada, não estou à venda” -, em referência à proposta feita pela parlamentar para que ele ficasse no governo aceitando a troca no comando da Polícia Federal para depois preencher uma vaga no STF, virou trending topic no Twitter, após Moro ter vazado o diálogo para o JN.
Segundo Zambelli, a resposta de Moro não encaixava no contexto da conversa nem no tema (STF), uma vez que o então ministro, como ela lembrou, nunca falou desse jeito quando questionado por pessoas próximas ou pela imprensa a respeito da vaga no Supremo. “Nada disso combina com o que a gente tava conversando. Então parece que tudo foi calculado para mostrar a conversa depois”.
A deputada disse que a vaga no STF era um tema recorrente com ele e pessoas próximas. “Ele já falou várias vezes [sobre isso]. Era algo natural falar sobre o STF. Era brincadeira rotineira entre as pessoas”, relato. Ele respondia sempre, de acordo com Carla Zambelli, algo como “vamos ver” e “precisamos conversar”.
Para Carla Zambelli, Moro “agiu exatamente como o Glenn Greenwald" - do The Intercept, que divulgou a Vaza Jato, expondo Sergio Moro e procuradores - ao vazar as conversas privadas que teve com ela ao Jornal Nacional, "com a diferença que o Glenn foi por uma terceira pessoa, ele fez isso com uma amiga”.
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