Weintraub usa assessores do MEC como advogados para suas causas privadas contra a imprensa

Abraham Weintraub tem usado assessores contratados em regime de dedicação integral pelo Ministério da Educação para mover ações de caráter pessoal contra a imprensa. Dois advogados, funcionários do Ministério, movem ações representando Weintraub contra veículos como o Brasil 247, Fórum e Valor Econômico

Abraham Weintraub
Abraham Weintraub (Foto: Lula Marques)


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247 -  Dois assessores do Ministério da Educação (MEC) atuaram como advogados do ministro, Abraham Weintraub, em ações de interesse privado na Justiça. Os advogados Auro Hadano Tanaka e Victor Sarfatis Metta trabalharam como advogados de Weintraub em prática que configura improbidade administrativa , relata a jornalista Natália Portinari em O Globo. Os dois atuam em regime de dedicação integral no Ministério, conforme reconhece a  própria assessoria de WeintraubAuro Tanaka foi nomeado em 15 de abril de 2019. Victor Metta, em 28 de maio de 2019. O salário de ambos é de R$ 13,6 mil. Victor Metta aparece como um dos advogados representando Weintraub em uma ação de danos morais contra o Brasil 247, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Seu escritório, Rosenthal Sarfatis Metta, entrou com a ação em 3 de outubro de 2019. 

Em 28 de outubro do ano passado, Victor também aparece como representante de Weintraub em uma ação de danos morais contra a revista Fórum. No dia seguinte, 29 de outubro, o escritório também pediu danos morais contra o escritor Paulo Ghiraldelli Júnior, listando novamente Victor como um dos advogados em nome do ministro Abraham Weintraub.

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Em novembro de 2019, Auro Tanaka moveu uma ação contra uma jornalista do Valor Econômico no Tribunal de Justiça de São Paulo. Na queixa-crime, a acusou de difamação. O Rosenthal Sarfatis entrou com uma ação civil no mesmo caso, na qual Victor não é elencado como representante de Weintraub.

A prática configura ilícito de improbidade administrativa, que é o uso de servidor público em "obra ou serviço particular", indicado na Lei de Improbidade Administrativa, segundo o advogado e doutor em direito do Estado Igor Tamasauskas ouvido por Portinari.

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