Viagem de Bolsonaro aos EUA não diminui risco de sua condenação pelo STF
Para integrantes do Supremo, saída de Bolsonaro do país não faz a menor diferença para o andamento de inquéritos
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247 - A viagem de Jair Bolsonaro (PL) para os EUA foi interpretada em tribunais superiores de Brasília como uma tentativa de esfriar a disposição que possa existir de procuradores e magistrados tocarem adiante investigações e processos contra ele.
Mas no Supremo Tribunal Federal (STF), a iniciativa chegou a ser ironizada. Integrantes da corte afirmaram que não fazia a menor diferença, para o andamento de inquéritos, se o ex-presidente está ou não no Brasil, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Processos judiciais são lentos e, para escapar de uma eventual punição, o ex-mandatário teria que ficar para sempre nos Estados Unidos, afirmou um dos ministros.
A Polícia Federal já concluiu que há elementos probatórios para atestar que na gestão da pandemia Bolsonaro cometeu os crimes de "provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto", e de "incitação ao crime". O ex-ocupante do Palácio do Planalto associou a vacina contra a Covid-19 ao risco de uma pessoa a desenvolver Aids, o que é mentira.
Senadores que integraram a CPI da Covid, por sua vez, vão reunir material para entregar ao Ministério Público do Distrito Federal para que o ex-presidente seja investigado por nove crimes relatados pela comissão.
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