Um governo obrigado a se explicar

Seis ministros de Dilma vo ao Congresso nesta semana para comentar denncias de irregularidades ou medidas tomadas por seus ministrios; Paulo Srio Passos, dos Transportes, tambm est escalado, mas ainda no confirmou; "Agora todo dia vai ter ministro aqui", ironiza Vacarezza



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Evam Sena_247, de Brasília - A próxima semana será movimentada no Congresso Nacional, com a presença de seis ministros para explicar denúncias de ilícitos ou medidas tomadas por suas Pastas. Estão escalados os ministros da Agricultura, das Cidades, do Trabalho, da Fazenda, do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia. Além disso, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, também ficou de confirmar presença. Apesar da tentativa da oposição de paralisar o Congresso como forma de pressionar por investigações, a ida dos ministros é uma estratégia do Planalto para abafar a crise na Esplanada. "Agora todo dia vai ter ministro aqui", ironizou o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza (PT-SP).

Para continuar explorando os focos de crise no governo, a oposição conta com os depoimentos dos ministros Wagner Rossi, da Agricultura, e Mário Negromonte, das Cidades, em comissões do Senado e Câmara, respectivamente, na próxima quarta-feira (10). Ainda longe de polêmicas desde a aprovação do aumento do salário mínimo, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, apresenta no Senado, na quarta-feira, as diretrizes e programas da pasta para 2012 e 2013, naComissão de Assuntos Sociais (CAS).

Na terça-feira (9), os três ministros da área econômica explicam em comissão-geral no plenário da Câmara, as medidas tomadas pelo governo para conter os impactos da crise econômica dos Estados Unidos e da Europa. Estão confirmados os ministros Guido Mantega, da Fazenda, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia.

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Denúncias

Rossi, que já comapreceu a comissão para se explicar na Câmara, vai à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado para falar sobre o suposto esquema de corrupção denunciado pelo ex-diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo Jucá Neto, PMDB e PTB têm um acordo dentro do ministério para a arrecadação ilegal de dinheiro.

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Mário Negromonte vai a audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Desenvolvimento da Câmara para se explicar sobre suposto favorecimento de empresas que fizeram doações ao PP, partido do ministro, nas eleições de 2010.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, também pode ser ouvido na próxima quinta-feira (11), pela Comissão de Infraestrutura do Senado, sobre as denúncias de corrupção na pasta que levaram ao afastamento do ex-ministro Alfredo Nascimento. A data ainda não foi confirmada.

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A comissão também aprovou requerimento que convida o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, para esclarecer denúncia de esquema de cobrança de propina.

Os requerimentos só foram aprovados depois que o governo convenceu os líderes da oposição a trocar o pedido de “convocação” para “convite”, quando os ministros não são obrigados a comparecer. Em troca, os partidos oposicionistas receberam a garantia de ida dos titulares de pastas com suspeita de corrupção.

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O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), continua na tentativa de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Transportes. Ele havia conseguido colher as 27 assinaturas de senadores necessárias para abrir a investigação, incluindo parlamentares da base. Dois senadores recuaram, fazendo com que o pedido de criação da CPI fosse arquivado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

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