Um cadáver que procria

Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit, assina contrato mesmo aps sua sada do governo



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A faxina feita pela presidente Dilma Rousseff nos transportes não livrou o governo do fantasma de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Embora sua carta de demissão tenha sido entregue no dia 25 de julho, Pagot ainda assina termos aditivos para obras contratadas pela autarquia.

O Diário Oficial da União (DOU) de ontem publicou termo aditivo para a duplicação e restauração de um trecho de 8,6 quilômetros, na Serra de São Vicente, em Alto Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Goiás. O documento foi assinado justamente por Pagot.

De acordo com o DOU, a assinatura ocorreu no dia 9, exatamente 15 dias depois de Pagot ter pedido as contas e anunciado que iria para a iniciativa privada. Na ocasião, chegou a afirmar que não respeitaria a quarentena exigida para todos os servidores públicos que deixam suas funções.

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A obra, que mereceu o termo aditivo - cuja licitação foi vencida pela Construtora Delta -, teve o custo previsto de R$ 26,819 milhões. Foi contratada em 2009.

O termo aditivo assinado entre o ex-chefão do Dnit e a empreiteira não foi, desta vez, para alterar valores, mas para prorrogar o prazo de entrega.

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Suspensão

As suspeitas de corrupção no setor de transportes, que levaram ao afastamento de 27 pessoas - entre elas Pagot e Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes -, fizeram com que o governo suspendesse as licitações e os termos aditivos logo depois do dia 4 de julho.

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Sem o termo aditivo, de acordo com informações da assessoria do Dnit, a autarquia teria de fazer outra licitação, o que envolveria um novo e demorado processo burocrático. Como prevê a Lei das Licitações (Lei 8.666. de 1993).

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