Tucano Rodrigo Garcia busca aliança com Bolsonaro em novo "BolsoDoria" para tentar evitar vitória de Lula no primeiro turno

Campanha do governador paulista avalia que, se Lula vencer em primeiro turno, o ex-presidente mergulhará de cabeça na candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes

Rodrigo Garcia, Bolsonaro, Lula e Haddad
Rodrigo Garcia, Bolsonaro, Lula e Haddad (Foto: GovSP | Alan Santos/PR | Ricardo Stuckert)


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247 – No momento em que Jair Bolsonaro ameaça destruir de vez o que sobrou de democracia e estado de direito no Brasil, com seu ataque sem provas ao sistema eleitoral, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do PSDB, ensaia um movimento extremamente perigoso, ao buscar uma aproximação com Jair Bolsonaro para tentar impedir a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno da disputa presidencial de 2022. Partidários de Garcia avaliam que, se Lula vencer no primeiro turno, o ex-presidente mergulharia de cabeça na campanha de Fernando Haddad, do PT, que deve passar ao segundo turno em São Paulo contra Garcia ou contra o bolsonarista Tarcísio de Freitas. Daí a necessidade de um pacto com Bolsonaro, numa espécie de novo "BolsoDoria", repetindo o movimento de João Doria em 2018.

Todas essas informações estão na coluna de Maria Christina Fernandes, do Valor Econômico, que é reconhecida como umas das melhores colunistas políticas do País. "Foi com a votação no Estado de São Paulo (8.626.583) que, em 2018, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu anular a diferença (8.093.891) que os quatro Estados mais petistas (Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco) deram em favor de Fernando Haddad. É este histórico que move setores das campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do governador paulista Rodrigo Garcia (PSDB) a buscar aproximação. O tema foi tratado numa conversa entre o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Carlos Pignatari (PSDB), e o próprio presidente em 9 de julho, feriado da revolução constitucionalista que trouxe Bolsonaro à capital paulista", escreve a jornalista, em sua coluna.

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Segundo a jornalista, "Rodrigo Garcia foi alertado ainda que uma aliança com um candidato à Presidência que prega, abertamente, um golpe contra as instituições da República traria prejuízos ao seu futuro político". Entretanto, segundo ela mesmo escreve, "os tucanos reconhecem que uma eleição nacional liquidada no primeiro turno em favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberaria o ex-presidente para mergulhar na campanha paulista em favor de Haddad".

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