Trator de Kassab, PSD atropela partidos de centro
Nova legenda impressiona como polo de atrao; exceo das agremiaes de esquerda, todas as demais foram atingidas por sua fora; questo no ideolgica, mas de capacidade de manter e guindar polticos ao poder; quem no quer?
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Evam Sena_247, em Brasília – O PSD fechou o último dia de filiações para quem quer disputar as eleições municipais de 2012 com pelo menos 47 deputados federais, dois senadores, cinco vice-governadores e dois governadores, dezenas de deputados estaduais, 600 prefeitos e milhares de vereadores.
O novo partido passou o rolo compressor não só no DEM, partido de origem do presidente, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, como em partidos da base, como PP, PMDB e PTB. Há quem avalie, ainda, que o estrago maior será no PSDB, e que os tucanos definhem antes mesmo dos democratas.
O número de filiados da nova legenda pode aumentar, uma vez que o prazo para a troca de partido sem caracterizar infidelidade partidária acaba no dia 28 deste mês. O objetivo é chegar a 55 ou 60 deputados federais.
Em números absolutos, o partido que mais perdeu para o PSD foi o DEM, do qual podem migrar 19 deputados, perdendo o título de quarta bancada mais numerosa na Câmara. O segundo foi o PP, que deverá ficar sem seis deputados. O PPS também foi afetado, com menos quatro; PMDB PMN e PR, três, cada.
O PSDB não só perdeu três cadeiras na Câmara dos Deputados, como o posto de terceira maior bancada da Câmara. A ofensiva do novo partido contra tucanos no plano federal começou depois de sua aprovação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com a migração de Manoel Salviano (CE), Pinto Itamaraty (MA) e Carlos Brandão (MA).
As adesões ao PSD em São Paulo revelam o tamanho do estrago ao PSDB. Os tucanos já estão fragilizados, não só pela onda de denúncias de venda de emendas parlamentares que atingem o governo estadual, mas pela briga interna intensificada pela mão de ferro do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-governador José Serra e o senador Aloysio Nunes (PSDB) têm sido ignorados pelo atual mandatário.
Kassab conquistou a Prefeitura de São Paulo como vice de Serra, que deixou o cargo para disputar o governo paulista, em 2006. Nas eleições municipais de 2008, Serra apoiou Kassab, contra Alckmin que também disputava, elevando ao auge o racha interno entre os tucanos de São Paulo. A briga, que se estendeu até as eleições dos diretórios estadual e municipal este ano, levou a debandada de vereadores do PSDB ao PSD.
Em São Paulo, o PSD conquistou o vice-governador paulista, Domingos Afif (ex-DEM), seis deputados federais, além de sete vereadores da capital. O novo partido passa a ser a segunda maior bancada na Câmara Municipal, ao lado do PSDB. E ontem, o 247 revelou o maior “golpe” na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo: a filiação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (ex-PMDB) ao partido de Kassab. Meirelles entra na disputa talvez com o nome mais conhecido.
No segundo bastião tucano, Minas Gerais, o PSD conquistou seis deputados federais e 10 deputados estaduais. Na Assembléia Legislativa, o partido de Kassab será a segunda maior bancada, atrás somente do PSDB e PT e surge como grande peso na balança da política.
As eleições de 2012 será, no entanto, o grande teste para o novo partido, que lutará para manter a força adquirida com as filiações. Se confirmada a previsão de migrações, de 500 prefeitos, o PSD será a quinta maior legenda em número de prefeituras.
Confira os estados com deputados federais do PSD:
Alagoas - João Lyra (ex-PTB)
Amazonas - Silas Câmara (ex-PSC), Carlos Souza (ex-PP)
Bahia - Fernando Torres (ex-DEM), José Nunes (ex-DEM), Paulo Magalhães (ex-DEM), José Carlos Araújo (ex-PDT) e Otto Alencar (ex-PCdoB)
Ceará - Manoel Salviano (ex-PSDB)
Goiás - Vilmar Rocha (ex-DEM), Armando Vergílio (ex-PMDB), Heuler Cruvinel (ex-DEM), Thiago Peixoto (ex-PMDB)
Maranhão – Nice Lobão (ex-DEM), Pinto Itamaraty (ex-PSDB), Carlos Brandão (ex-PSDB)
Mato Grosso - Eliene Lima (ex-PP), Homero Pereira (ex-PR), Roberto Dorner (ex-PP)
Minas Gerais - Geraldo Thadeu (ex-PHS), Alexandre Silveira (ex-PPS), Walter Tosta (ex-PMN), Marcos Montes (ex-DEM), Diego Andrade (ex-PR)
Paraná - Eduardo Sciarra (ex-DEM), Reinhold Stephanes (ex-PMDB)
Piauí - Hugo Napoleão (ex-DEM), Julio Cesar (ex-DEM)
Rio de Janeiro - Arolde de Oliveira (ex-DEM), Felipe Bounier (ex-PHS), Sérgio Zveiter (ex-PDT) e Paulo Cesar (ex-PR)
Rio Grande do Norte - Fábio Faria (ex-PMN)
Rio Grande do Sul - Danrlei de Deus (ex-PTB)
Rondônia - Moreira Mendes (ex-PPS)
Roraima - Raul Lima (ex-PP)
Santa Catarina - Paulo Bornhausen (ex-DEM), João Rodrigues (ex-DEM), Onofre Agostini (ex-DEM)
São Paulo - Walter Ioshi (ex-DEM), Eleuses Paiva (ex-DEM), Junje Abe (ex-DEM), Guilherme Mussi (ex-PV), Guilherme Campos (ex-DEM) e Marcelo Aguiar (ex-PSC)
Tocantis - Irajá Abreu (ex-DEM), César Halum (ex-DEM)
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