Tereza Cruvinel cobra CFM e ANS sobre caso Prevent Senior: “houve um apagão fiscalizatório”
O elevado número de mortes de pacientes com Covid-19, no início da pandemia, foi alertado pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Porém, Bolsonaro e equipe não lhe deram ouvidos para investigar a grande mortandade de idosos em hospitais da Prevent Senior
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247 - Em entrevista ao programa Bom dia 247, nesta quarta-feira (29), a jornalista e colunista da TV 247 Tereza Cruvinel, disse que a CPI precisa enfrentar o que ela chamou de 'apagão fiscalizatório' em relação às denúncias feitas pela advogada dos 12 médicos e ex-médicos da Prevent Senior, Bruna Morato durante depoimento à CPI da Covid no Senado na terça-feira (28).
Segundo a jornalista, o elevado número de mortes de pacientes com Covid-19, no início da pandemia, foi alertado pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Porém, Bolsonaro e equipe não lhe deram ouvidos para investigar a grande mortandade de idosos em hospitais da Prevent Senior.
“Lembro perfeitamente de uma entrevista em que ele estranhava o grande número de mortes. Na ocasião, a explicação foi que o plano de saúde [Prevent Senior] atende especificamente terceira idade, então é “natural” que morram mais pessoas [idosos eram as pessoas mais vulneráveis à Covid-19 à época].
A jornalista afirma que já era uma suspeita e não houve fiscalização da Agência Nacional de Saúde (ANS): “houve um apagão fiscalizatório e isso justifica a ANS ir à CPI”, pontua. “O Conselho Federal de Medicina (CFM) claramente faz parte dessa aliança”.
Cruvinel lembrou, inclusive, que em seu discurso na abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU em Nova York (21), Bolsonaro disse que todas as políticas foram implementadas pelo governo federal em sintonia com o CFM.
“Não é o CFM que deve orientar a política de um governo. Um governo deve, como todos os governos fizeram, montar uma equipe de notáveis, de cientistas - um comitê científico. Até o governo americano, mesmo na era do Trump, tinha. O CFM existe para regular a categoria”, disse.
Cruvinel ainda acrescenta: o CFM também deveria ser chamado [à CPI] porque ele é alinhado com a política do governo e participou disso. Nunca fiscalizou e nunca falou contra”, finalizou.
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