Temer abençoa Chalita
Vice-presidente inclui deputado de 560 mil votos na delegao do Brasil na beatificao do Papa Joo Paulo II, em Roma, domingo; mensagem clara: em meio crise tucana, surge um novo candidato a prefeito de SP, em 2012
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247_ Mais claro, impossível. O movimento vai acontecer em Roma, neste domingo 1, mas o reflexo já se dá em São Paulo. O vice-presidente Michel Temer, que irá liderar a delegação brasileira ao Vaticano, para assistir a cerimônia de beatificação do Papa João Paulo II (1920-2005), convidou o deputado federal Gabriel Chalita para integrar a comitiva. Pensador católico, recém-filiado ao PMDB, Chalita recebe, assim, mais uma benção de Temer, presidente nacional da legenda, para concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo, em 2012. Com seus mais de 560 mil votos obtidos na eleição do ano passado, em que concorreu pelo PSB, o ex-secretário estadual de Educação já é a grande esperança do PMDB paulistano para melhorar a performance do partido no maior colégio eleitoral do País. Antes do PSB, Chalita foi filiado ao PSDB e ainda é próximo do governador Geraldo Alckmin, que pode apoiá-lo veladamente.
Em maio, para comemorar a recente filiação de Chalita ao partido, ocorrida em 22 de abril, o PMDB prepara uma grande festa política, com direito a lançamento antecipado da candidatura. O partido estará renovando, a partir da próxima semana, a maioria dos seus diretórios. Segundo deputado mais votado de São Paulo no ano passado (só ficou atrás do fenômeno Tiririca), Chalita foi cortejado por toda a cúpula nacional do PMDB até assinar a ficha de filiação do partido. “Ele é uma das melhores conquistas do PMDB”, comemorou o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves. O presidente do Senado, José Sarney, também trabalhou pela aquisição do passe de Chalita para o partido. Mas é o vice-presidente Michel Temer, que na prática já controla o PMDB paulista, depois da morte, em dezembro, do ex-governador Orestes Quércia, quem mais operou para atrair Chalita. Ambos tiveram mais de duas conversas sobre a filiação, e ficou acertado que a contrapartida seria a garantia da legenda do partido para a candidatura de Chalita. Em São Paulo, ele terá, certamente, o apoio de lideranças católicas como o padre Marcelo Rossi, dono de grande influência na populosa zona sul da capital. Nos últimos anos, a melhor performance do PMDB na disputa pela prefeitura paulistana ocorreu em 1988, quando o então secretário estadual de Obras, João Leiva, obteve o terceiro lugar com 14% das preferências do eleitorado.
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