Senado cumpriu papel ao votar PEC da Transição, diz Pacheco, que acredita em aprovação na Câmara

"Espero muito que na Câmara haja compreensão de que PEC é prioritária ao Brasil, que não é algo de interesse exclusivo de governo, partido ou Poderes", disse presidente do Senado

Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira
Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)


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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira que o Senado cumpriu sua missão ao votar a PEC da Transição, acrescentando ter a expectativa de que a Câmara dos Deputados entenda a necessidade de aprovação da matéria.

A previsão era que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pudesse ter sua análise iniciada no plenário da Câmara na quinta-feira, mas a votação foi adiada para a próxima terça-feira em meio ao clima de apreensão influenciado pelo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade das emendas de relator --que só deve ser retomado na próxima semana-- e também pelas discussões sobre a participação em postos do próximo governo.

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"O que eu espero muito é que na Câmara haja compreensão de que essa PEC é prioritária para o Brasil, que não é algo de interesse exclusivo de governo, de partido ou de Poderes. É interessante para o Brasil que se tenha, ao manter o teto de gastos públicos, a excepcionalização necessária para aquilo que mais importa para o desenvolvimento do Brasil que é cuidar do social e ao mesmo tempo ter recursos para os investimentos necessários", disse Pacheco a jornalistas.

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"Verdadeiramente eu não faço essa associação entre a decisão do Supremo e o ambiente político na Câmara e no Senado. Nós temos que cumprir o nosso papel. O papel do Senado foi cumprido quando aprovou por 64 votos essa Proposta de Emenda à Constituição que confere governabilidade, que estabelece critérios de responsabilidade fiscal", argumentou.

Pacheco bateu na tecla de que a PEC é uma das maiores prioridades do momento, lembrando que apenas após a sua aprovação é que será analisado o Orçamento de 2023.

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"Eu acredito muito que a Câmara vá apreciar e aprovar. Uma vez aprovando, tem o meu compromisso de uma promulgação imediata em uma sessão do Congresso Nacional", acrescentou Pacheco.

Ao anunciar, na véspera, que a PEC só será analisada pelo plenário da Câmara na próxima terça, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) argumentou que ainda estão sendo travadas negociações em torno do texto, que já passou pelo Senado.

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Uma fonte que acompanha as negociações afirmou que Lira tem trabalhado por votos, mas confirmou o desconforto do presidente da Câmara com o julgamento das emendas de relator, o chamado orçamento secreto.

Por se tratar uma mudança no texto constitucional, é exigido um quórum especial para a aprovação da PEC: ao menos 308 dos 513 deputados precisam votar a favor da proposta nos dois turnos de votação a que será submetida em plenário.

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A PEC da Transição amplia o teto de gastos em 145 bilhões de reais em 2023 e 2024, de forma a garantir o pagamento do Bolsa Família no valor de 600 reais. A PEC também permite o desbloqueio de dotações provisionadas que seriam canceladas até o fim de 2022, o que também ajuda o atual governo a fechar as contas deste ano.

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