Senado aprova moção de repúdio a sentença racista de juíza paranaense

Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (13) voto de repúdio contra a juíza Inês Marchalek Zarpelon, que escreveu uma sentença apontando que um dos réus era "seguramente criminoso em razão de sua raça”

Senado aprova moção de repúdio contra juíza Inês Marchalek Zarpelon
Senado aprova moção de repúdio contra juíza Inês Marchalek Zarpelon (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)


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Agência Senado - O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (13) voto de repúdio contra a juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba (PR). Em sentença emitida no dia 19 e junho, a juíza associou uma condenação criminal à cor da pele do réu. Os senadores pedem que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure o caso.

O voto de repúdio partiu de requerimento do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que classificou como estarrecedor o fato de uma magistrada se valer do racismo para justificar uma pena.

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— Infelizmente, mesmo decorridos mais de 132 anos da Lei Áurea, o Brasil ainda sente fortemente os impactos do período escravocrata. É o Estado brasileiro o principal culpado dessas mazelas — afirmou ele, citando ainda outras situações em que autoridades, como policiais e desembargadores, usaram das suas funções públicas para ofender e agredir cidadãos negros.

Na sua sentença emitida para uma acusação de roubo e formação de quadrilha, Inês Zarpelon escreveu que um dos réus integrava o grupo “em razão de sua raça”. A cor do réu é mencionada três vezes na dosimetria (cálculo) da pena. A juíza alega que a frase foi retirada de contexto.

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), também assinou o requerimento. Ele falou sobre o caso nas suas redes sociais, onde citou as palavras usadas pela juíza na sentença.

“Inaceitável que uma juíza afirme, em decisão judicial, que o réu ‘seguramente’ integra grupo criminoso ‘em razão de sua raça’. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, estou pedindo esclarecimentos e providências ao Conselho Nacional de Justiça”, escreveu Paim.

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Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rose de Freitas (Podemos-ES) se somaram à manifestação. Já o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) pediu que o voto de repúdio fosse subscrito por todos os senadores.

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