Senado aprova indicação de Ana Arraes para o TCU
Foram 48 votos a favor da deputada federal pelo PSB, 17 contra e uma absteno
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Evam Sena_247, em Brasília – No dia em que surgem denúncias sobre irregularidades no uso de verbas da Câmara dos Deputados por Ana Arraes (PSB-PE), o Senado confirmou a sua indicação para ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), feita pelos deputados na semana passada. Entre os senadores, foram 48 votos a favor de Ana Arraes, 17 contra e uma abstenção.
A eleição da deputada foi uma vitória pessoal do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de que é mãe. Ele apostou todas as suas fichas políticas e conquistou o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); do líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN); do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Campos, que se cacifou como liderança nacional depois da campanha por Ana Arraes e será disputado nas eleições de 2014, também é acusado de mau uso das verbas do governo de Pernambuco. Segundo o jornal da Folha de S. Paulo, o governador e sua mãe já pagaram cerca de R$ 300 mil em verbas públicas a uma locadora de automóveis, cuja sócia majoritária filiou-se ao PSB depois do contrato com o governo de Pernambuco.
Em nota divulgada hoje, Eduardo Campos afirmou que as acusações sobre o aluguel de carros são "descabidas". “A empresa foi contratada porque ofereceu o menor lance no pregão nº34/2009, tendo apresentado todas as certidões de regularidade exigidas pela legislação”, disse a nota.
No plenário do Senado, o adversário político de Eduardo Campos, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), causou alvoroço com seu discurso. Ele condenou a campanha do governador a Ana Arraes. "É um exemplo do vale-tudo na política. Se o que ocorreu na Câmara nas últimas semanas não é nepotismo, não é abuso do poder político e uso da máquina, eu não sei mais o que é", disse.
Ana Arraes foi defendida por senadores pernambucanos e socialistas, afirmando que ela tinha méritos para conquistar a vaga. "A deputada não é simplesmente a mãe de um governador ou filha de um ex-governador [Miguel Arraes]. É uma pessoa que tem militância política séria, que tem comportamento e postura ética inquestionável ao longo de sua vida", disse o líder do PT, Humberto Costa (PE).
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