“Se Lula puder ser candidato, isso muda o xadrez”, reconhece Boulos

“É um candidato fortíssimo, é a principal liderança popular do país”, disse o líder do MTST à TV 247, afirmando que a presença de Lula na disputa forçaria o PSOL a reavaliar uma eventual candidatura própria em 2022. Assista

(Foto: Ricardo Stuckert)


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247 - Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e ex-candidato a presidente da República e a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos reconheceu na TV 247 que uma eventual candidatura do ex-presidente Lula à presidência em 2022 mudaria o “xadrez” político no país.

Ainda que não tenha declarado que a candidatura de Lula faria com que ele retirasse seu nome do pleito, Boulos reconheceu que a presença do petista na disputa criaria a necessidade de o PSOL reavaliar sua estratégia de campanha e até mesmo o lançamento de um nome próprio na eleição.

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“É evidente que o Lula, se estiver em condições jurídicas de ser candidato a presidente da República, muda o xadrez. É um candidato fortíssimo, é a principal liderança popular do país e isso vai fazer com que todos os partidos considerem essa situação para definirem a sua estratégia”, disse.

O psolista defendeu a devolução dos direitos políticos de Lula pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a decisão sobre candidaturas na próxima eleição cabe ao partido. “Uma decisão como essa não é uma decisão individual. Eu sou representante de um partido político e essa decisão caberia ao PSOL e ao coletivo que faço parte. É justo que seja liberada [a candidatura de Lula] pelo STF porque está mais que provada a farsa processual que foi cometida contra ele”.

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Boulos foi questionado também sobre a publicação da revista Time que o elencou como um dos 100 líderes emergentes para o futuro. Ele se disse contente com o reconhecimento e reafirmou seu compromisso na luta pela igualdade social. “Fiquei contente em ter sido incluído na lista, fiquei contente porque é um reconhecimento que vem de outro campo, de outro espectro. A Time é uma revista liberal, não é uma revista que nos seus princípios editoriais e na sua visão de mundo compartilha com aquela que eu tenho, e acho que expressou um reconhecimento da nossa atuação. O que a revista Time quer para a esquerda brasileira é um problema da revista Time. O que eu quero é uma esquerda comprometida profundamente com o combate às desigualdades”.

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