“Se eu fosse professor de Direito e o STF dissesse que Moro é imparcial, eu desistiria da cátedra”, afirma Kakay
Segundo o advogado criminalista, um juiz como Moro, que "instrui, que coordena, que fala sobre resultado, que fala sobre mídia", não pode ser considerado imparcial. "Se isso não for parcialidade, esqueçam o instituto da imparcialidade", falou Kakay à TV 247. Assista
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247 - Em entrevista à TV 247 neste sábado (6) focada em recapitular a Operação Lava Jato, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução dos julgamentos da força-tarefa está mais do que provada.
O advogado disse que se fosse professor de Direito e o Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento, declarasse um juiz como Moro imparcial, ele desistiria de ensinar. Vale ressaltar que a suspeição de Moro ainda não foi julgada pelo Supremo. Caso o ex-juiz seja declarado suspeito pela Corte, o ex-presidente Lula livra-se das condenações ilegais que pesam sobre ele.
Kakay destacou que um juiz que atua intimamente com os procuradores com o objetivo de favorecer a acusação não pode, sob nenhuma hipótese, ser classificado como imparcial. "Eu nunca fui professor. Eu sou só advogado. Eu, se fosse professor, e o Supremo dissesse que o Moro é imparcial, eu desistiria da cátedra. Imagina você ir para uma sala de aula para falar para alunos que um homem que instrui, um homem que coordena, um homem que fala sobre resultado, que fala sobre mídia, que fala 'não leve aquela procuradora não porque ela é incompetente', que tem a ousadia de falar 'não, fala para os advogados 'tais' que tem testemunhas demais. É para diminuir', e o Deltan vai lá e cumpre e os advogados obedecem; se isso não for parcialidade, esqueçam o instituto da imparcialidade".
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