Rui Costa Pimenta: Mandetta está cedendo a Bolsonaro ao mudar as regras do isolamento

O dirigente político do PCO considera um erro fazer a defesa do ministro da Saúde, especialmente por parte da esquerda. Assista na TV 247

Rui Costa Pimenta (PCO) e Luiz Henrique Mandetta
Rui Costa Pimenta (PCO) e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Brasil247 | Agência Brasil)


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247 - O jornalista e presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, falou sobre a crise do governo de Jair Bolsonaro à TV 247. Para ele, apesar de o problema ser complexo, a crise é “óbvia”, ficando expressa nas recentes lutas política no interior do governo sobre a manutenção ou não do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Os militares pressionaram Bolsonaro para que mantivesse Mandetta, destacou o analista político. Porém, continua, ainda é preciso ver se esses militares realmente apoiam a posição do ministro sobre isolamento social diante da pandemia do coronavírus ou se foi uma manobra imposta a Bolsonaro para não estimular uma crise política com o Centrão e a esquerda, que estão apoiando Mandetta.

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Para Rui, Mandetta está suspendendo, “de maneira mais gradual e suave”, o isolamento em vários lugares, o que significa que o próprio ministro recuou diante “da pressão dos capitalistas e uma certa pressão popular, dos setores que não estão conseguindo dar conta da situação econômica”.Ele afirma ainda que o ministro participa de uma tática organizada da direita, que está “organizando para liquidar o isolamento social”. Por isso, para ele, não há luta real entre os setores do governo.

Este é um dos motivos pelo qual o presidente do PCO argumenta que a esquerda não deve apoiar Mandetta. Para Rui, as divergências entre o ministro e Bolsonaro são superficiais, e isso fica comprovado com o recuo de Mandetta para acabar gradativamente com o isolamento social. O dirigente político ressalta que ele é um “elemento de direita”, que votou pelo impeachment e que está “a serviço das grandes empresas do ramo da saúde”. Desta forma, quando a esquerda o apoia, fica a reboque da direita.

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Para Pimenta, é necessário uma oposição de conjunto ao governo Bolsonaro e os governos estaduais. Ele reforça que mesmo os Estados não estão fazendo absolutamente nada além de pregar a política insustentável do isolamento social, que não é realidade para a maioria da população. Para ele, a discussão do isolamento é uma “cortina de fumaça”, pois na realidade a direita em conjunto está criando uma situação de calamidade com o coronavírus.

Os ataques contra a China

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Sobre o ataque feito pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, à China e aos chineses - inclusive com comentários racistas -, Rui diz que faz parte da política do governo Bolsonaro de fazer propaganda ideológica política para a extrema direita. Em sua avaliação, isso provavelmente tem a ver com os interesses dos norte-americanos, que estão em guerra econômica com o país oriental, e usa o Brasil para seus fins.

Ele coloca que, na atual condição, em que a China poderia oferecer ajuda ao Brasil para conter a pandemia do coronavírus, a atitude do governo Bolsonaro em relação ao país é uma “sabotagem” ao combate à crise e ao cuidado da população.

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Uma campanha junto ao povo contra a direita

O PCO, segundo o Rui Costa Pimenta, avalia que todas as medidas, tanto do governo federal, quanto dos governos estaduais, não dão conta da situação. Quem se beneficia, reforça, são apenas os capitalistas, enquanto o povo paga a conta.

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Por isso, o analista defende que a esquerda não fique esperando “enquanto o povo morre”, mas que faça um trabalho junto à população mais pobre, que está sendo deixada à própria sorte. Ele aponta inclusive que, por mais que se tenha propostas, é preciso mobilizar para lutar por elas e garanti-las.

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