Rubens Valente: revelações de Temer estão em sintonia com os áudios de Jucá
O jornalista Rubens Valente afirma que “agora já temos dois figurões da República dizendo basicamente a mesma coisa, que adversários de Dilma conversaram com o meio militar e que altos generais se meteram, de um jeito ou de outro, no processo de impeachment de uma presidente da República”
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247 - O jornalista Rubens Valente, em artigo publicado no portal UOL nesta terça-feira (3) relata que, “quando ouvi pela primeira vez, em 19 de maio de 2016, as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro e delator Sérgio Machado com três peemedebistas fundamentais - Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney -, a atenção se concentrou nas expressões mais fortes e que gerariam intensa repercussão na época, como ‘o grande acordo nacional’, ‘com o Supremo com tudo’ e o plano de "estancar a sangria" gerada pela Operação Lava Jato”
O jornalista diz que “sempre achei, desde o começo, que um trecho das conversas não havia recebido o destaque que merecia nas análises dos observadores políticos, nas ruas e nas redes sociais. Tratava-se de uma revelação lateral mas muito preocupante feita por Jucá numa das conversas com Machado. O então senador disse que estava conversando - ou consultando, sentindo a temperatura - com "alguns ministros do Supremo" e de comandantes militares a respeito do impeachment. E, principalmente, disse que recebeu um aval dos militares”.
“Era estarrecedor esse tipo de conversa porque, depois dos 21 anos da longa noite dos arbítrios, ilegalidades e crimes cometidos pela ditadura militar, lá estava de novo parte da elite política brasileira abrindo espaço para militares opinarem sobre assuntos políticos civis. Nós sabemos como esse filme acaba”, acrescenta.
“Não resta dúvida de que o relato de Temer está em perfeita sintonia com as revelações que Jucá fez a Sérgio Machado. Agora já temos dois figurões da República dizendo basicamente a mesma coisa, que adversários de Dilma conversaram com o meio militar e que altos generais se meteram, de um jeito ou de outro, no processo de impeachment de uma presidente da República”, conclui.
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