Requião agride repórter
Senador paranaense no gosta de pergunta e toma gravador de um jornalista da Band
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Rodolfo Borges_247, de Brasília – O senador Roberto Requião (PMDB-PR) tomou o gravador de um repórter da rádio Bandeirantes na tarde desta segunda-feira depois de ouvir uma pergunta de que não gostou. Requião falava aos jornalistas sobre economia nos gastos públicos e foi questionado pelo repórter se, em nome da economia, abriria mão da aposentadoria como ex-governador. O senador tomou o aparelho e tentou sem sucesso apagar o conteúdo. Em seguida, resolveu levar o gravador para seu gabinete, dizendo que “estava louco para bater em alguém”. Minutos depois, o jornalista conseguiu seu aparelho de volta, mas sem o cartão de memória.
O presidente do Comitê de Imprensa do Senado, Fábio Marçal, acompanhou o jornalista até a Polícia Legislativa do Senado para registrar o ocorrido, mas foi informado de que só a Corregedoria da Casa pode atuar em casos que envolvam parlamentares. Como o corregedor do Senado ainda não foi escolhido, o episódio não pôde ser registrado. Questionado sobre o ocorrido, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que Requião é um cavalheiro e que deve ter ocorrido um mal entendido. “Arbitrariedade não é prerrogativa de nenhuma autoridade. Que a censura volte para o tempo sombrio ao qual ela pertence”, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, Lincoln Macário.
Desde o ocorrido, Requião vem postando em seu Twitter mensagens em defesa própria. “Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa , vou deleta-lo”, escreveu por volta das 15h30. “Uma boa discussão , o jornalista pode tudo. Seu direito de agredir não tem limite. Quem não concordar é atropelado pela corporação?”, publicou minutos depois. “O jornalista agressor esta conseguindo o sucesso que pretendeu, e a “catigoria” esta alvoroçada. A discussão é boa.”, completou, para acrescentar em seguida: “Primeiro a agressão e provocação, depois a tentativa de linchamento. Minha história e meu currículo suportam com facilidade. Boa discussão.”
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