Renan manda recado: PF exagerou e não atingiu só PMDB

No correto dizer que as denncias atingem s o PMDB. So 38 pessoas de partidos diferentes, disse o lder do partido no Senado sobre ao policial no Ministrio do Turismo



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Evam Sena_247, Brasília – Em reunião com peemedebistas na tarde desta terça-feira, 9, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) fez questão de dizer que o Palácio do Planalto foi “surpreendido” com a Operação Vaucher da Polícia Federal que prendeu 38 pessoas envolvidas em esquema de corrupção no Ministério do Turismo, incluindo o secretário-executivo Frederico Silva da Costa e o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins. Ambos indicados pelo PMDB.

Em coletiva à imprensa hoje, o diretor-executivo da PF, Paulo de Tarso Teixeira, afirmou que a presidente Dilma Rousseff e o ministro Pedro Novais (Turismo) não sabiam da investigação comandada pelo órgão subordinado ao Ministério da Justiça, cujo titular é o petista José Eduardo Cardozo. “Toda operação é informada só depois da deflagração para não haver prejuízo”, alegou Teixeira.

Acreditando ou não no discurso de Ideli, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), defendeu investigação de todas as denúncias, seja qual for o partido envolvido. “Nem o PMDB, nem o PT estão imunes a investigações. Temos que estar preparados para isso”, disse.

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Sem citar a prisão do ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, indicado pela ex-ministra do Turismo e senadora Marta Suplicy (PT-SP), Renan fez questão de condenar a “partidarização” do escândalo. “Não é correto dizer que as denúncias atingem só o PMDB. São 38 pessoas de partidos diferentes”, mandou o recado.

Em análise “preliminar”, Renan classificou a operação como “um exagero”. “Não conhecemos todo o teor da investigação, mas a prisão de 38 pessoas parece exagerada para um convênio de 2009”, afirmou. Embora não tenha sido verbalizada por Renan, existe uma avaliação de que o valor do contrato investigado, de R$ 4,4 milhões, é baixo para tamanha operação. Segundo a PF, a estimativa é de que 2/3 dos recursos tenham sido desviados.

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O contrato com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) é de 21 de dezembro de 2009 e tem duração até 24 de setembro deste ano. A Operação Vaucher foi instaurada em abril. O contrato é para capacitação profissional no Amapá, e parte dos recursos, de emenda parlamentar da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), foram desviados em licitações fraudulentas com empresas vinculadas ao instituto.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tratou logo de condenar pré-julgamentos. “O que se quer são informações verdadeiras. Estamos aguardando a PF”, disse. Jucá se contradisse, porém, ao fazer defesa do governo, confirmando a vinculação da PF com o Planalto. “O governo está investigando. A Polícia Federal e a CGU [Controladoria Geral da União] são do governo”, disse.

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Para a imprensa, Renan negou que o novo escândalo atingindo ministério comandado pelo PMDB enfraquece a relação do partido com o PT. “O PMDB apoiou, apoia e apoiará a presidente Dilma”, declarou. O líder reiterou o apoio da legenda ao ministro Pedro Novais, sempre lembrando que o contrato é anterior a sua chegada à Pasta.

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