R$ 1 bi do governo para brindar parlamentares
Ns precisamos governar, justifica o secretrio-geral da Presidncia, Gilberto Carvalho, sobre ordem de liberar fortuna para emendas parlamentares; deciso acontece na mesma semana do estouro do escndalo de corrupo no Ministrio do Turismo em torno de... emendas parlamentares
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247 – Na mesma semana em que a Polícia Federal prendeu 35 pessoas suspeitas de ligação com um esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares no Ministério do Turismo, o governo anunciou ter pressa em empenhar nada menos que R$ 1 bilhão para contemplar emendas parlamentares para obras em praticamente todos os Estados do País. A ideia é ter todas as autorizações para soltar os recursos até o final do mês. Já na próxima semana sairão outros R$ 150 milhões na rubrica “restos a pagar”.
Preocupada com a rebelião na base aliada, a presidente Dilma Rousseff cobrou agilidade dos ministros no atendimento de deputados e senadores e na liberação de emendas parlamentares. “Nós precisamos governar”, disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. “A recomendação é para que os ministros abram espaço na agenda e deem atenção aos parlamentares. Vamos fazer nosso papel de cultivar a relação.”
Carvalho participou da conversa entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de quarta-feira, em São Paulo. Não quis, porém, comentar o teor da reunião, que também contou com a presença do ex-ministro Luiz Dulci.
A reportagem apurou que Lula aconselhou Dilma a não comprar briga com o PMDB do vice Michel Temer e a promover a “repactuação” com os aliados para evitar uma crise de governabilidade. Insatisfeitos com ações que passam pela operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, a faxina nos Transportes, o atraso nas nomeações e na liberação de recursos do Orçamento, governistas de vários partidos chegaram a obstruir votações de ontem na Câmara.
Dilma vai marcar nova rodada de conversa com o PMDB, injuriado depois da devassa no Ministério do Turismo, comandado pelo partido. A ação da PF resultou na prisão de 35 pessoas, entre elas o secretário executivo do ministério, Frederico Silva Costa o ex-deputado Colbert Martins, do PMDB baiano, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés, que trabalhou com a senadora Marta Suplicy (PT-SP).
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