PT se reúne e começa a desenhar chapas para eleições de 2024

Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) se reunirá nesta terça-feira para avaliar alianças e possíveis composições em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução (Youtube))


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247 - Diante da cobrança para apoiar aliados nas eleições municipais após a formação de uma ampla coalizão em torno do presidente Lula (PT) no ano passado, o PT realizará nesta terça-feira (27) a primeira reunião do seu Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), visando dar início às articulações de candidaturas para 2024. Segundo o jornal O Globo, o partido está considerando abrir mão de lançar candidatos próprios em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, a fim de apoiar partidos que estão na base de Lula no Congresso. 

No entanto, há uma preocupação em equilibrar a quantidade de concessões. Composto por oito membros, o GTE iniciará seus trabalhos com uma avaliação da situação do partido nas capitais e nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Cinco desses membros são ligados à CNB, a corrente majoritária do PT: a presidente nacional e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), os dirigentes Washington Quaquá (RJ), Jilmar Tatto (SP) e Gleide Andrade (MG), além do senador Humberto Costa (PE).

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Costa é um possível candidato petista em Recife, capital que o partido governou entre 2001 e 2012 e onde sempre lançou um candidato nas últimas quatro décadas. Os integrantes do GTE afirmam que a tendência atual é de apoiar a reeleição do atual prefeito, João Campos (PSB). Durante a última disputa municipal, Campos se aproximou de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha presidencial e conseguiu atrair petistas para seu secretariado. 

“Os aliados podem dar mais força ao governo federal. É natural que se faça essa aliança, embora o PT historicamente tenha força política no Recife”, disse o senador, de acordo com a reportagem

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Antes de oficializar a aliança com o PSB na capital pernambucana, os petistas estão tentando garantir com Campos a indicação de um vice do PT. Além de ser uma contrapartida para amenizar a percepção entre os militantes de que o partido está cedendo em excesso, a vaga na chapa vincularia projetos futuros de Campos, que é cogitado para concorrer ao governo de Pernambuco em 2026, a um acordo com o PT.

Um cenário semelhante se desenha no Rio de Janeiro, onde o PT indica uma aliança com o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), mas ainda busca espaço para ocupar a posição de vice na chapa. Quaquá é um dos articuladores desse acordo. Em São Paulo, o grupo liderado por Tatto, mais resistente à ideia de não lançar um candidato petista, reconhece que o partido está caminhando para apoiar a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol). 

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“Minha opinião é que fortalecer o PT envolve lançar candidatos. Mas debateremos como as alianças podem influenciar a posição do partido para 202”, ressaltou Tatto.

Lideranças petistas, como Tatto, defendem que as alianças já firmadas sejam levadas em consideração na definição de candidaturas em outras capitais, como Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), onde o PT está hesitando entre apoiar aliados ou liderar as candidaturas. Em Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE), há pressões internas para a formação de uma chapa própria do PT. 

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Após uma redução no número de prefeitos desde 2016, o PT enxerga uma oportunidade de recuperar terreno com o retorno de Lula ao Planalto. O auge do PT ocorreu em 2012, quando elegeu 638 prefeitos. Quatro anos depois, esse número caiu para 254, e em 2020, para 183. 

Ainda conforme a reportagem, nas principais cidades, o cenário é o seguinte:

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Rio de Janeiro: Após indicar três secretários no governo de Eduardo Paes (PSD), o PT encaminhou uma aliança, mas pleiteia a posição de vice na chapa.

São Paulo: Mesmo enfrentando resistência de uma ala petista que menciona a tradição de lançar candidatos na capital, o PT provavelmente apoiará Guilherme Boulos (PSOL).

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Recife: Rival nas últimas eleições, o atual prefeito João Campos (PSB) deve contar com o apoio do PT em sua tentativa de reeleição.

Belo Horizonte: Após um desempenho ruim em 2020, o partido está hesitante em lançar um candidato próprio novamente e considera apoiar a reeleição de Fuad Noman (PSD).

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Fortaleza: O PT está avaliando lançar Luizianne Lins, mas pode chegar a um acordo com uma ala do PDT que é contrária à reeleição do pedetista José Sarto e defende um nome alinhado a Lula. Evandro Leitão (PDT) é um dos cotados.

Salvador: O diretório local do PT deseja lançar um candidato próprio, mas líderes influentes como o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner estão considerando apoiar partidos aliados, como PSB e MDB.

Porto Alegre: Enquanto discute com o PSOL, o petista Edegar Pretto desponta como favorito para liderar a chapa."

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