PSOL não quer que investigação sobre Marielle vá para o STF

Para Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, se a investigação for federalizada, “pode haver demora no avanço das apurações”. Ele diz que, se a investigação for para Brasília, existe a possibilidade de haver intromissão do presidente. “O Bolsonaro já mostrou disposição de interferir em investigações que envolvem os filhos”, disse



✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Igor Carvalho, Brasil de Fato - Após as novas revelações sobre o assassinato de Marielle Franco, o PSOL tentará evitar que o caso siga para o Supremo Tribunal Federal (STF). Este seria o caminho natural após a citação do presidente da República Jair Bolsonaro. 

Para Juliano Medeiros, presidente nacional do partido, se a investigação for federalizada, “pode haver demora no avanço das apurações”. O partido solicitou uma reunião com o ministro Dias Toffoli, que preside a Suprema Corte. A posição foi apresentada em coletiva de imprensa, na sede do PSOL em São Paulo.

continua após o anúncio

“O STF atrasaria a investigação e o que não queremos é que elas sejam interrompidas neste momento”, explicou o dirigente. Para Medeiros, caso a investigação vá para Brasília, há, ainda, a possibilidade de haver intromissão do presidente. “O Bolsonaro já mostrou disposição de interferir em investigações que envolvem os filhos.”

O receio do psolista encontra eco na medida adotada por Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (30). O presidente acionou o ministro da Justiça Sérgio Moro para que o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra deponha novamente, agora para a Polícia Federal.

continua após o anúncio

“Nós repudiamos veementemente essa medida. Convocaram um depoimento fora dos autos do processo. A Polícia Federal não é uma polícia política, não pode ser”, protestou o presidente do partido.

Fragilidade

continua após o anúncio

Para Medeiros, os novos fatos expõem, ainda mais, o governo de Jair Bolsonaro (PSL), deixando-o fragilizado. Ele espera ver nas ruas a reação popular contra o presidente, seguindo o exemplo dos vizinhos chilenos.

“Estamos torcendo para que o Brasil vire um Chile e que o povo na rua barre a agenda de Bolsonaro, assim como os chilenos barraram a agenda de (Sebastian) Piñera”, afirmou Medeiros, lembrando as manifestações chilenas, que tomaram conta do país e já duram um mês.

continua após o anúncio

Em São Paulo, um ato foi convocado por diversos movimentos populares para esta quinta-feira (31), às 18h, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Pronunciamento presidencial

continua após o anúncio

Ainda na coletiva, Medeiros disse que não encontrou no pronunciamento de Bolsonaro, feito na noite da última terça-feira (29), justificativas que cooperem para a elucidação do caso.

“As declarações foram insuficientes. Bolsonaro e as autoridades precisam esclarecer quem estava na casa 58. Além disso, precisamos saber qual a relação que (Ronnie) Lessa e Élcio Queiroz mantinham com Bolsonaro.”

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247