PSL diz que vai cobrar de Flávio Bolsonaro devolução de R$ 500 mil pago a advogado investigado

O PSL nacional disse que o diretório do Rio não estava apto juridicamente para receber dinheiro do fundo partidário, única razão pela qual o contrato foi feito pela executiva nacional do partido com um advogado envolvido no suposto vazamento de informações da PF em benefício da família Bolsonaro

Senador Flávio Bolsonaro 16/07/2019
Senador Flávio Bolsonaro 16/07/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O vice-presidente do PSL, deputado federal Júnior Bozzella (SP), afirmou que o partido cobrará do senador Flávio Bolsonaro (ex-PSL, atualmente no Republicanos-RJ) a devolução de cerca de R$ 500 mil de dinheiro público direcionado ao escritório de advocacia de um ex-assessor. A pedido do parlamentar, a sigla contratou em fevereiro de 2019 o escritório de advocacia Granado Advogados Associados, de Victor Granada Alves, que hoje tem o nome envolvido no suposto vazamento de informações da Polícia Federal em benefício da família Bolsonaro. O teor da nota foi publicado no jornal Folha de S.Paulo.

Foram 13 meses e meio de contrato para serviços jurídicos ao PSL do Rio, então comandado por Flávio. O custo aos cofres públicos foi de ao menos R$ 500 mil.

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O empresário Paulo Marinho, suplente de senador na chapa com Flávio Bolsonaro, afirmou que Victor Granado, recebeu de um delegado da Polícia Federal a informação de que uma operação da PF envolveria pessoas do gabinete do parlamentar. 

A defesa de Granada afirmou que o contrato "firmado pelo Diretório Nacional tinha como objeto regularizar a prestação de contas do diretório regional do estado do Rio de Janeiro, bem como, prestar assessoria jurídica para os 92 diretórios municipais do partido".

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O PSL nacional disse que o diretório do Rio não estava apto juridicamente para receber dinheiro do fundo partidário, única razão pela qual o contrato foi feito pela executiva nacional do partido.

"O PSL concedeu ao então presidente do diretório do RJ, senador Flávio Bolsonaro, a prerrogativa da seleção e fiscalização dos prestadores de serviços para atuar na regularização dos diretórios municipais no estado, assim como ocorre com todos os demais diretórios estaduais", diz a nota.

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De acordo com a legenda, é "torpe a tentativa da defesa de Flávio Bolsonaro de redirecionar as acusações ao seu cliente, por uso ilegal de recursos públicos, para o diretório nacional do partido, que só efetuou a contratação porque o diretório estadual do RJ não se encontrava apto a receber recursos para fazê-lo diretamente".

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