Professora da USP diz que considerar homem branco para o STF é um "insulto"

Fabiana Severi defende que uma mulher negra seja indicada

Fabiana Severi
Fabiana Severi (Foto: Divulgação)


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247 - A professora Fabiana Severi, da Faculdade de Direito da USP de Ribeirão Preto, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que cobrou do presidente Lula que indique uma pessoa não branca para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O favorito para ser indicado ao cargo é o advogado Cristiano Zanin, mas ela defende que uma mulher negra ocupe a cadeira. 

"Nessa cultura que associa profissionalismo, imparcialidade, notório saber, há uma performance do masculino. Todos os nomes [cotados] são jovens brancos até entre os grupos progressistas. Isso é horrível porque mostra que, mesmo depois do que passamos nesses quatro anos, o campo democrático brasileiro parece que não está levando a sério ainda o que é democratização de fato", disse.

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"Não está considerando que foram as mulheres que saíram nas ruas lá atrás, na eleição do Bolsonaro, porque elas já percebiam o risco para os direitos delas e para os direitos humanos. Não é possível que em 53% do eleitorado não tenha mulheres com notório saber. Geralmente se escolhe os ministros dentro de um círculo pequeno de poder e as pessoas desse círculo hoje são homens brancos, mesmo dentro da esquerda".

"Ter uma lista de homens brancos vindo do campo democrático é quase um insulto, porque sabemos que não é uma questão de falta de conhecimento jurídico, de capacidade e de nomes. Precisamos pluralizar os perfis que estão no poder. Imaginar que não tem mulheres é desconsiderar as profissionais que estão há anos demonstrando conhecimento jurídico", disse. 

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