Procuradoria Geral questiona regime de licitações para Copa

O procurador-geral da Repblica, Roberto Gurgel, vai entrar com uma Ao Direta de Inconstitucionalidade no STF contra o RDC, que flexibiliza licitaes para a Copa de 2014 e Olimpadas de 2016



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Evam Sena_247, em Brasília – O governo de Dilma Rousseff recebeu um balde de água fria e a oposição ganhou força no discurso com a informação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que vai entrar com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a lei do RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que flexibiliza licitações para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. 

Na mesma linha que a oposição esbravejou durante a votação do RDC, Gurgel afirmou hoje, depois de visita aos presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), respectivamente, que o novo regime tem dispositivos que dificultam transparência e controle dos gastos do governo. 

“É uma ação ampla que objetiva assegurar que a Copa se realize sem que isso signifique grandes prejuízos ao erário. Há uma série de dispositivos que dificultam a transparência e o controle da despesa pública”, disse o procurador-geral. 

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Aprovado em junho pelo Congresso e sancionado há menos de duas semanas, o RDC estabelece regras flexíveis para contratação de projetos da Copa e das Olimpíadas. Entre os pontos mais polêmicos está o sigilo dos orçamentos de um projeto até a divulgação do resultado da licitação. Durante o processo, somente órgãos de controle terão conhecimento dos preços. 

Pela lei vigente a todas licitações públicas, os preços era divulgados no edital e as empresas entravam na concorrência conhecendo o custo. Segundo o governo, o sigilo impede que empresas combinem preços.

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Os partidos de oposição — PPS, PSDB e DEM — já haviam entrado com uma ação contra a lei do RDC, dizendo que a forma como o regime foi aprovado no Congresso foi inconstitucional. A flexibilização de contratos foi inserida em medida provisória que tratava de outro assunto, o que não é previsto na Constituição Federal. 

Gurgel reafirmou o compromisso do Ministério Público para que os gastos com a Copa e as Olimpíadas sejam feitos de acordo com a lei. “Como tem sido assinalado, a Copa se realizará com dispêndio substancial, elevado de recursos públicos. É preciso cuidar para que esse dispêndio seja feito rigorosamente de acordo com os princípios da Constituição e leis que regulam o assunto", declarou.

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