Processo no TSE que apura abuso de poder de Bolsonaro está em sua reta final
Julgamento no tribunal pode resultar na declaração de inelegibilidade do ex-chefe de governo
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247/Sputnik - O processo que acusa Jair Bolsonaro (2019-2022) de abuso de poder político e uso indevido da mídia acaba de entrar em sua reta final no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com a CNN Brasil, esta é a última etapa do processo antes que o relator, ministro Benedito Gonçalves, encaminhe o caso aos membros do TSE. O julgamento no tribunal pode resultar na declaração de inelegibilidade do ex-chefe de governo de extrema direita. O jornal acrescentou que devem haver capítulos importantes no processo quando o procurador eleitoral e a defesa fizerem suas alegações finais.
A ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em agosto de 2022, foi aberta contra Bolsonaro após reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em que ele questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. A ação alega que ele cometeu irregularidades administrativas, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e econômico e crime contra o Estado Democrático de Direito.
Ele também está sendo investigado como suposto mandante da tentativa de golpe e dos atos antidemocráticos cometidos por radicais na Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
'Estou sem cargo, mas não aposentado'
Enquanto isso, após retornar ao Brasil, Bolsonaro declarou estar afastado, "mas não aposentado".
"Vamos mostrar a esse pessoal [do Governo], que vai estar no poder por agora e por pouco tempo, que não vão fazer o que querem com o futuro da nação", declarou.
Bolsonaro voou para os EUA no final de 2022 e não participou da passagem de poder para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. De acordo com a mídia brasileira, o ex-chefe de governo solicitou um visto de visitante de seis meses para estender sua estada nos Estados Unidos.
Em fevereiro passado, Bolsonaro declarou em entrevista ao jornal Wall Street Journal que pretendia voltar ao país em março e liderar a oposição contra Lula. No entanto, antes de deixar os EUA, o político disse à CNN Brasil que não pretendia liderar a oposição ao governo.
No dia 8 de janeiro, milhares de bolsonaristas radicais invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto (sede do governo), exigindo uma intervenção militar para derrubar o presidente Lula, que havia assumido o cargo uma semana antes.
Os manifestantes violaram as barricadas, agrediram seguranças, quebraram portas e janelas e ocuparam parte do prédio e telhados da sede do Executivo.
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