Pressão contra manifesto da Fiesp foi tiro pela culatra, avalia o Planalto

De acordo com um interlocutor direto de Bolsonaro, o tiro saiu pela culatra, porque expôs a debandada de empresários que apoiavam no início a política do ministro da Economia, Paulo Guedes

Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o ministro da Economia, Paulo Guedes
Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Marcos Corrêa/PR)


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247 - Auxiliares próximos de Jair Bolsonaro já reconhecem que foi um erro estratégico a pressão para evitar a divulgação do manifesto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com entidades de setores empresariais. De acordo com um interlocutor direto de Bolsonaro, o tiro saiu pela culatra, porque expôs a debandada de empresários que apoiavam no início a política do ministro da Economia, Paulo Guedes. "A repercussão foi muito maior. O manifesto já era bem cauteloso, sem um ataque direto ao governo. Foi um erro ter feito tanta pressão", disse um interlocutor. A informação foi publicada pelo blog do Gerson Camarotti

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, fez pressão para o adiamento do manifesto. O dirigente afirmou que a publicação foi adiada somente para permitir novas adesões de entidades. Mas o chefe da instituição empresarial também havia dito a Guedes que a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) queria um manifesto de líderes empresariais com ataques ao governo Bolsonaro.

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Banqueiros e outros setores do empresariado não reagiram bem à atitude do presidente da Fiesp de adiar o manifesto. Em grupos de mensagens e em conversas entre eles, empresários se referiam a Skaf como um "traidor" que "vendera" o manifesto ao governo.

O governo articulou um manifesto em defesa do governo e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O governo mineiro reagiu. Foi divulgado na última quarta-feira (1º) um "Segundo Manifesto dos Mineiros", articulado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) e com apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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Um dos trechos do documento afirmou que "a ruptura pelas armas, pela confrontação física nas ruas, é sinônimo de anarquia, que é antônimo de tudo quanto possa compreender uma caminhada serena, cidadã e construtiva". "A democracia não pode ser ameaçada, antes, deve ser fortalecida e aperfeiçoada. O que se pretende provocar é outro tipo de ruptura: a ruptura através das ideias e da mudança de comportamentos em todas as dimensões da vida", disse o manifesto.

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