Pré-candidatos à Presidência rejeitam semipresidencialismo
Líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula disse que o semipresidencialismo é "outro golpe" no país. Para Ciro Gomes, a proposta é um "disfarce oportunista". O governador João Doria afirmou que qualquer mudança eleitoral deve ser feita "num clima mais pacificado". De acordo com Luiz Henrique Mandetta, "uma discussão mais profunda tem que ser feita em melhor ambiente"
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247 - Os pré-candidatos à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta são consensuais em afirmar que o debate sobre semipresidencialismo não é adequado ao contexto político atual do País.
No semipresidencialismo, o presidente eleito divide o governo com o primeiro-ministro. A discussão sobre o novo modelo ganhou força em meio a uma articulação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) a partir de proposta de Michel Temer. Líderes partidários conversaram sobre a minuta do texto durante uma reunião no dia 13, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Líder em todas as pesquisas, o ex-presidente Lula afirmou que a proposta é "outro golpe" em entrevista na semana passada. "Semipresidencialismo é outro golpe para tentar evitar que nós possamos ganhar as eleições", disse. "Não dá pra brincar de reforma política, isso é coisa que tem que ser discutida com muita seriedade", complementou.
Segundo o ex-ministro Ciro Gomes, o semipresidencialismo é um "disfarce oportunista" e "uma mistificação conceitual". O ex-governador do Ceará também disse que não é hora de falar em troca de sistema "a um ano de um pleito presidencial".
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que qualquer mudança eleitoral deve ser feita "num clima mais pacificado", e não na "véspera" eleitoral. "Defendo uma ampla reforma política estrutural. Essa, sim, precisa ser discutida num clima mais pacificado do que encontramos hoje no País", afirmou.
De acordo com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, "uma discussão mais profunda tem que ser feita em melhor ambiente". Mandetta disse que "governos fracos propiciam este tipo de fala", ao ser questionado se o debate do semipresidencialismo ganhou força em Brasília como estratégia de Lira contra a discussão sobre o impeachment.
No dia 30 de junho foi protocolado na Câmara dos Deputados um superpedido de impeachment, com o objetivo de unificar os argumentos dos mais de 120 pedidos de impeachment que haviam sido apresentados na Casa. Foram mais de 20 acusações contra Jair Bolsonaro, como a dificuldade de gerenciamento da crise sanitária, crimes de responsabilidade cometidos durante a pandemia por causa de atitudes contrárias à ciência, tentativas de interferência na Polícia Federal e estímulo a um golpe, com fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
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