Plano de governo Lula prevê Guarda Nacional, despolitização das Forças Armadas e produção tecnológica pelos militares

'Essa é a primeira coisa. Despolitizar as Forças Armadas e elas passarem a se dedicar à sua tarefa principal, que é a defesa da Pátria', disse o ex-ministro da Defesa Celso Amorim

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e militares
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e militares (Foto: Ricardo Stuckert | ABR)


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247 - O plano de governo de um eventual terceiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele vença as eleições, prevê a modernização e valorização das Forças Armadas, a despolitização das casernas, além da criação de uma Guarda Nacional e o incentivo à produção tecnológica feita pelo próprio setor.

“Em termos de programa, vivemos em uma situação tão anormal agora que é preciso recuperar a normalidade. Essa é a primeira coisa. Despolitizar as Forças Armadas e elas passarem a se dedicar à sua tarefa principal – que eu sei que não é a única –, que é a defesa da Pátria. E isso passa pela modernização das forças”, disse o ex-ministro da Defesa e ex-chanceler Celso Amorim em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Não quero general de esquerda, mas legalista e consciente de seu dever”, afirmou.

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Ainda segundo ele, a intenção de um eventual novo governo Lula é utilizar o setor de Defesa como uma forma de plataforma de desenvolvimento tecnológico por meio da construção de aviões, embarcações e mísseis nacionais. “Cada vez mais os acordos comerciais vão cercando outros instrumentos de política industrial, mas não os de Defesa. Defesa está fora da OMC (Organização Mundial do Comércio)”, disse Amorim. 

De acordo com a reportagem, alguns dos responsáveis pela elaboração do plano de governo petista ainda propõem a criação de uma Guarda Nacional com o objetivo de “atuar em crises ligadas à segurança pública – afastando, assim, o instrumento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando integrantes das forças assumem o policiamento ostensivo –, além da busca de alianças regionais para a dissuasão de ameaças extrarregionais”. 

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As sugestões foram elaboradas por especialistas ligados aos setores de defesa e segurança, como o ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), Manuel Domingos Neto. “De acordo com ele, estuda-se ainda a estruturação de uma polícia de fronteira, de uma polícia florestal e de uma guarda costeira”, ressalta o periódico. 

Na entrevista, Amorim também destacou que um dos principais pontos de atrito entre o PT e os militares, a Comissão Nacional da Verdade (CNV), faz parte do “passado”. “O momento é de normalização. Vivemos um momento da CNV, que foi necessário. Esse momento está superado. Não vamos mexer mais nisso”, afirmou. 

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