PGR vai investigar troca da chefia da PF no Rio

O caso será analisado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, em inquérito já aberto contra Jair Bolsonaro, que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente tentou realizar interferências indevidas na PF

Augusto Aras, procurador-geral da República
Augusto Aras, procurador-geral da República (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)


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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar os motivos para a troca no comando da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O ocorrido foi uma das primeiras medidas do novo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, ao tomar posse. O caso será analisado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, em inquérito já aberto contra Jair Bolsonaro, que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente tentou realizar interferências indevidas na PF.

Após ter a nomeação de Alexandre Ramagem (ligado à família Bolsonaro) para a direção-geral da PF suspensa pelo STF, Bolsonaro nomeou para o cargo Rolando Alexandre de Souza - considerado braço direito de Ramagem. A primeira ação do novo diretor do órgão foi trocar a chefia do Rio de Janeiro, onde há interesse da família de Bolsonaro de frear as investigações contra aliados políticos e familiares - como Flávio Bolsonaro, investigado no Caso Queiroz, e grupos relacionados ao Caso Marielle Franco.

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Sergio Moro já havia informado sobre a vontade de Jair Bolsonaro para controlar a PF no Rio de Janeiro. Em agosto de 2019, Bolsonaro forçou a saída do então superintendente do Rio de Janeiro, o delegado Ricardo Saadi. Ademais, em uma das mensagens entregues por Moro à Polícia Federal durante seu depoimento no domingo, 3, Bolsonaro disse enfaticamente “quero o Rio”.
 

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