PGR contraria PF e pede arquivamento de inquérito contra Bolsonaro por associar vacina da Covid-19 ao HIV

Lindôra Araújo avalia que PF não colheu provas de que declarações de Bolsonaro sobre vacina da Covid-19 causaram alarma na população ou que, pelo menos, tinham capacidade para isso

Bolsonaro e Lindôra Araújo
Bolsonaro e Lindôra Araújo (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Nelson Jr./SCO/STF)


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247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta quinta-feira (16), o arquivamento do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investigava Jair Bolsonaro (PL) por associar falsamente a vacina da Covid-19 ao HIV. A informação é do portal Uol.

A manifestação foi assinada pela vice-PGR, Lindôra Araújo, e enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O parecer de Lindôra contraria a Polícia Federal, que concluiu em dezembro de 2022 que Bolsonaro divulgou informações falsas e cometeu incitação ao crime e a contravenção de provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente.

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A vice-PGR alegou que "apesar dos elementos colhidos durante a investigação, não restou demonstrado que as afirmações realizadas pelo então Presidente da República, com a participação de Mauro Cesar Barbosa Cid [também investigado pela PF], produziram ou tiveram capacidade de produzir pânico ou tumulto na população".

"Em outras palavras, não houve, durante a investigação criminal, a colheita de provas no sentido de que as declarações feitas por Jair Messias Bolsonaro causaram alarma na população ou que, pelo menos, tinham capacidade para isso", acrescenta o parecer da PGR. "As falas questionadas, se merecem crítica, devem ficar sujeitas ao debate político e eleitoral, mas não penal, dado seu caráter fragmentário e só incidente quando clara a violação ou colocação em risco do bem jurídico relevante". 

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"Portanto, as condutas investigadas, ao menos com as provas amealhadas, não preencheram os contornos dos tipos penais apontados pela autoridade policial", concluiu Lindôra.

Ainda de acordo com o Uol, por, na visão da magistrada, não haver mais nenhuma diligência a ser investigada, a vice-PGR "avaliou que o inquérito deve ser arquivado devido à ausência de justa causa para apresentação de denúncia e a atipicidade das condutas investigadas".

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