Pesos pesados contra Serra

Tucanos fecham cerco para que ex-governador concorra prefeitura de So Paulo em 2012; Z Dirceu diz que PT no deve ir de peso pena



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247, Marco Damiani – Enquanto o PSDB fecha o cerco para o ex-governador José Serra vir a ser o candidato do partido, em coligação com o PSD, à Prefeitura de São Paulo em 2012, o PT igualmente se movimenta. A senha foi dada pelo ex-deputado José Dirceu. “Se eles vão de Serra, não podemos ir de peso pena”, disse ele a correligionários, durante o velório do ex-vice-presidente José Alencar, em Brasília. Isso remete, diretamente, aos nomes da senadora Marta Suplicy e do ministro da Ciência e Tecnologia, Aluízio Mercadante. Setores da CUT paulista comentam, com entusiasmo, a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrar na disputa, mas amigos dele acham graça dessa hipótese. “Além de não ter nada a ver, seria um movimento arriscado”, rebatem.

Depois do governador Geraldo Alckmin apontar Serra como o “melhor nome” do para a sucessão de Gilberto Kassab, nesta quinta-feira 31 foi a vez do vice Afif Domingos fazer coro. Ele considerou “dentro da coerência” do PSD fazer uma aliança com o PSDB e, neste caso, apontou Serra como um fator de ligação. “Ele sempre foi muito ligado a nós”, comentou Afif.

Tornar Serra candidato a prefeito resolve uma série de problemas políticos dentro do PSDB. Em primeiro lugar, ele sai do banco de reservas para atuar. Mais importante, porém, é que, uma vez engajado na corrida à Prefeitura, deixar livre a pista tucana para Alckmin buscar a reeleição de governador em 2014. Esse é o chamado Plano B do governador paulista, porque, é claro, ele quer mesmo o que todos os políticos querem: a Presidência da República. Alckmin, no entanto, já concorreu e perdeu e, na próxima eleição, a vez entre os tucanos deverá ser mesmo de Aécio Neves. Prova já está no crescimento da ideia, dentro do partido, da realização de prévias, uma bandeira hasteada pelo atual senador mineiro.

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Tudo fácil, certo? Não, porque Serra anda dizendo que não quer concorrer à Prefeitura. Quando foi prefeito, entre 2005 e 2006, ele falava nos bastidores que não gostava de ser prefeito. “O contato com questões menores, com o público, isso tudo não faz o perfil dele”, comentava o então secretário Walter Feldman, que ocupava a pasta das Subprefeituras. Até esta quinta, não se conhece palavra de Serra sobre aceitar os primeiros apelos para concorrer no próximo ano, mas Alckmin já procura uma defesa. “Essa é uma questão para o ano que vem”, disse o governador, após cerimônia no Palácio dos Bandeirantes.

Do lado do PT, a movimentação se acelera. O PMDB paulistano já foi procurado pela senadora Marta Suplicy. Uma possível coligação para a eleição municipal é um assunto que o vice-presidente Michel Temer está acompanhando pessoalmente – e dele será a última palavra. Por todos os motivos, a começar pela sintonia com a presidente Dilma Rousseff, pode-se acreditar que Temer levará o PMDB a se compor com o PT. Isso montaria um quadro de grande equilíbrio de forças, para uma eleição que, queiram os políticos ou não, começou quase dois anos antes de o povo, efetivamente, ir às urnas.

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