Paulo Pimenta explica como Bolsonaro fez "uso criminoso da máquina pública" e exige punição

Ministro da Secretaria de Comunicação Social, que é também deputado federal, expõe ponto a ponto o que o antigo governo fez para tentar se manter no poder e fraudar as eleições

Ministro Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro
Ministro Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | REUTERS/Joe Skipper)


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247 - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, foi ao Twitter neste domingo para exigir punição aos agentes políticos e agentes públicos que protagonizaram o mais escandaloso uso das instituições de estado e máquina pública numa disputa eleitoral. É claro que, na cabeça dessa organização, estava Jair Bolsonaro. Segue a íntegra da manifestação de Paulo Pimenta:

O uso criminoso da máquina pública para fins eleitorais no ano passado, em benefício do ex-mandatário da república, está cada vez mais evidente e é assustador! Trabalhos em 4 frentes apontam para provável atuação parcial de instituições do Estado, durante o período, que teria beneficiado mais de 4 milhões de pessoas de forma indevida ou 2,5% do eleitorado. Essas manobras podem ter custado aos cofres públicos pelo menos R$ 13 bilhões.

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- Atuação da PRF para impedir que eleitores do presidente Lula votassem no segundo turno.

 - Uso da Caixa para conceder empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil apenas na véspera da eleição e sem fundamentos, regras e procedimentos claros para concessão e monitoramento.

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- Criação de programas temporários (auxílio caminhoneiro e auxílio taxista) que beneficiaram indevidamente centenas de milhares de brasileiros.

- Problemas provavelmente propositais no cadastro do Auxílio Brasil para beneficiar centenas de milhares de famílias que não teriam direito ao recebimento do benefício.

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Muitos podem ter sido prejudicados na hora de votar no 2º. turno. A PRF aumentou as operações em locais onde o presidente Lula ganhou no 1º. turno. Informações divulgadas pelo órgão, por determinação da CGU, revelam concentração de pontos de fiscalização no NE (Nordeste), no 2º. Turno, a mesma quantidade do resto do país. Autoridades já foram exoneradas e estão sendo investigadas.

O crédito consignado liberado pela Caixa também é uma evidência do uso da máquina. Informações do UOL relevaram que a CEF (Caixa Econômica Federal) disponibilizou 99% de toda sua carteira do Auxílio Brasil durante o período eleitoral: R$ 7,595 bi para 2,9 milhões de beneficiários. Após as eleições, até o final do ano, foram liberados R$ 67 milhões, para 53 mil pessoas: 1%. O CGU não identificou informações que justificassem os empréstimos. Muito menos, procedimentos de supervisão sobre o processo de consignação em benefícios.

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Por fim, problemas no cadastro do Auxílio Brasil beneficiaram 800 mil famílias de maneira irregular, segundo auditorias, gerando um custo de quase R$ 3,8 bi. Entre janeiro e outubro de 2022, foram pagos em média R$ 218 milhões mensalmente a 468 mil famílias fora do limite de renda. Outros R$ 171 milhões foram liberados para 367 mil famílias que deveriam estar bloqueadas ou desligadas do programa por questões como trabalho infantil ou pendências no cadastro.

Estes fatos são muito graves e não podem ficar impunes. Já vimos constantes ameaças à democracia e ao processo eleitoral. Ataques às instituições e disseminação maciça de fake news, além dos fatos lamentáveis de 8 de janeiro. Agora, mais que evidente, o uso da máquina pública trabalhou fortemente, mas sem êxito, para beneficiar o ex-presidente.

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