Parlamentares reagem a adiamento de votação sobre orçamento

Parlamentares reagiram, na noite desta terça-feira (3), à decisão do presidente do Parlamento e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de suspender a sessão do Congresso Nacional que votaria hoje uma série de vetos do presidente da República

Plenário do Senado Federal
Plenário do Senado Federal (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)


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247 - Parlamentares reagiram, na noite desta terça-feira (3), à decisão do presidente do Parlamento e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de suspender a sessão do Congresso Nacional que votaria nesta quarta-feira (4) uma série de vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro, incluindo aquele que definiria a quem caberá o controle de R$ 30 bilhões do orçamento da União.

Com o acordo selado entre o governo federal e o Congresso, Alcolumbre declarou que adiaria para amanhã a análise dos temas polêmicos relacionados ao orçamento impositivo. O acordo é para que dos R$ 30,1 bilhões em emendas destinadas ao relator, R$ 15 bilhões sejam devolvidos ao governo. O atraso na entrega dos projetos que disciplinam o orçamento impositivo acabou expondo, mais uma vez, a falta de tato do presidente em lidar com o Parlamento. 

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“Por causa das trapalhadas de Bolsonaro, o Congresso adiou a análise de veto de Bolsonaro ao Orçamento. Governo Jair Bolsonaro age de forma amolecada na relação com o Congresso Nacional. Correto o freio de arrumação do presidente Davi Alcolumbre”, opinou o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA).

Em sua declaração, o deputado maranhense recordou a recente sugestão do governo de seu estado, Flavio Dino, na qual ele aponta saídas para definir o controle do recurso. “Em entrevistas recentes, o governador Flávio Dino sugeriu a regulamentação das emendas impositivas como forma de estabelecer diálogos e pôr fim ao impasse criado pelo governo federal. Foi o que, afinal, se fez e agora o Congresso avaliará e aprovará a regulamentação”, recordou Jerry.

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A líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida (AC), anunciou que o partido estava em obstrução.  “O presidente Bolsonaro se comporta como alguém que quer governar sozinho. Esse país é uma República com três poderes. Na maioria dos países do mundo, inclusive nos Estados Unidos, o orçamento é impositivo 100%”, lembrou a parlamentar.

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protestou contra o Governo. “Bolsonaro em sua plena covardia, cede à pressão do centrão quando envia ao Congresso três projetos de lei como parte do acordo para votação dos vetos à lei orçamentária. O presidente e o centrão fazem parte da mesma velha política! A Rede está entrando em obstrução!”, declarou o senador, em crítica à maior ala do Congresso. 

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Para o líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR) a sessão foi interrompida após uma clara tentativa de deteriorar a imagem do Congresso frente às suas responsabilidade e atribuições. “Sob a ótica da democracia, o Congresso Nacional deve refletir sobre o seu papel. O Orçamento Impositivo foi levado ao Congresso por Bolsonaro e Paulo Guedes. Quem diz que o Congresso está sequestrando o Executivo, mente e trai a confiança das casas parlamentares”, afirmou. 

O posicionamento foi reafirmado pelo colega de partido, deputado federal Airton Faleiro (PA). “Bancada do PT na Câmara não fez parte e não participará do acórdão entre Bolsonaro e sua base no Congresso Nacional pela partilha dos 30 bilhões de reais do Orçamento entre governo e Congresso!”, declarou. 

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Bohn Gass (PT-RS) também criticou duramente o governo por tentar manipular a opinião pública. “Todos vimos a manifestação do Bolsonaro dando a entender que o orçamento impositivo era uma ação deste Congresso sobre o seu governo para tentar impedir a liberdade da execução dos programas. Isto é uma grande mentira. Isto é fake”, indignou-se.

*Com informações do Portal Vermelho

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