Para Mathias Alencastro, “aliança PT-PSOL sinaliza a toda a sociedade que esquerda está unida”

Cientista político afirma que convergência das candidaturas de esquerda no estado de São Paulo seria a melhor representação de que o campo se uniu. Assista

(Foto: Reprodução)


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247 - O cientista político Mathias Alencastro, em entrevista à TV 247, afirmou que uma aliança entre o PT e o Psol seria “histórica”. Para isso, seria necessário um “encontro dessas forças”, superando brigas internas que, segundo o pesquisador, “parecem maiores do que de fato elas são”.

“A esquerda tem uma oportunidade histórica de fazer o maior governo progressista do Brasil. Isso tem que ser baseado no diálogo respeitoso, no encontro dessas forças. Não podemos desperdiçar essa chance única por brigas internas”, disse. 

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Segundo ele, o diálogo do PT com setores à direita do espectro político complica a estratégia do Psol, que se baseia no princípio de unidade das esquerdas. 

“O Psol desenvolveu uma estratégia eleitoral no final de 2021 inspirada pelos excelentes resultados que o partido teve nas eleições municipais. Essa estratégia foi complicada pelo fato de o PT promover um realinhamento estratégico e agora, em vez de uma aliança, está na verdade construindo esse grande movimento republicano em torno da chapa Lula-Alckmin”, disse. 

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“A questão paulista é a chave” 

Uma convergência das candidaturas de esquerda no estado de São Paulo, ponderou Alencastro, seria a melhor representação, tanto para a sociedade como para a classe política, de que a esquerda se uniu. 

“Era quase inevitável que o Psol se alinhasse à candidatura presidencial do Lula. Agora, há esse segundo debate, que é um debate mais difícil, mas mais importante ainda, que é a convergência das candidaturas de esquerda no estado de São Paulo”, disse.

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“Esse movimento de convergência das candidaturas de esquerda seria o deflagrador de um um movimento irreversível a favor do Lula nesta eleição, porque ele sinalizaria, e a gente sabe muito bem, que a relação entre PT e Psol não é numérica ou aritmética. É uma relação simbólica, que a partir do momento que os dois partidos se unem em nível nacional e em São Paulo, lançam um sinal potente para a sociedade toda a classe política que a esquerda está unida”, disse. 

“Se a esquerda conseguir essa convergência no estado de São Paulo, ela monta pela primeira vez na história um projeto que nunca teve na história do país, um projeto federal simultâneo a um projeto de poder no maior estado da federação”, disse. 

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Boulos terá papel chave na decisão

Para Alencastro, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, tem consciência de seu papel histórico nesse momento decisivo para a sociedade brasileira. 

“Essa discussão vai ter que ser feita entre as lideranças. É uma decisão que coloca na mesa a própria estratégia do Psol nos últimos anos, que é historicamente nessa tensão de competição e aliança com as esquerdas, inspirada pela geringonça e tudo. Ou se é uma adesão estratégica nesse momento ao novo projeto de refundação do pacto republicano do Lula? Essa decisão vai ter que ser tomada pelo Psol quando o Psol decidir se vai fazer a convergência das esquerdas no estado de São Paulo”, disse

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“É uma decisão difícil, mas bonita e histórica para o partido. As pessoas que estão pensando nela são as mais preparadas possível. Sou o primeiro a dizer que o Guilherme Boulos é uma das maiores lideranças nacionais, e tem perfeita consciência da histórica e do lugar que ele está na história”, completou. 

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