“Papel primordial de Ciro na eleição é tirar votos do PT, não concorrer para ganhar”, diz Rui Costa Pimenta

O presidente do PCO reagiu às declarações de Ciro Gomes de que irá novamente a Paris se houver um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Ele avalia que o papel do pedetista nas eleições é dividir o eleitorado e favorecer a política das classes dominantes. “Ele está cumprindo uma tarefa para o bloco da direita”. Assista

Rui Costa Pimenta e Ciro Gomes
Rui Costa Pimenta e Ciro Gomes (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


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247 - O presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, analisou na TV 247 o papel de Ciro Gomes nas eleições presidenciais de 2022. Para ele, a função do pedetista é dividir o eleitorado, tirando votos do PT e favorecendo a política do bloco dominante.

Questionado sobre sua avaliação da declaração de Ciro dizendo que iria novamente a Paris num eventual segundo turno entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro, Rui respondeu: “A possibilidade da candidatura do Lula cria um polo de atração muito grande, não há dúvida nenhuma. Se o Ciro Gomes fizer um aceno positivo, ainda que muito discreto e moderado em direção ao PT, ele vai ser puxado por esse polo de atração, e ele não quer isso de forma nenhuma. Ele não quer apoiar o PT. Então, ele já está procurando estabelecer a demarcação de terreno de uma maneira agressiva, nítida e clara dizendo ‘PT nunca mais’ e que precisamos de uma nova alternativa. Ele está procurando com isso preservar o seu terreno próprio, o que indica que ele se coloca nesse chamado ‘centro’, que é a direita”.

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“Ele vai sair candidato de qualquer jeito, porque desde que haja outro candidato do centro, a função primordial dele na eleição é tirar voto do PT, dividir o voto do PT”, completou o presidente do PCO.

Para Rui, a estratégia de Ciro mostra como ele atua para cumprir a política das classes dominantes: “Para ser candidato do bloco dominante, ele [Ciro] precisa mostrar sua fidelidade e lealdade a esse bloco. Ao competir sistematicamente contra o PT, ele mostra isso, mesmo concorrendo para perder, como ele fez na última eleição. Ele sabia na última eleição que não tinha a menor possibilidade de ganhar. Ele concorreu simplesmente para tirar votos do PT. O próprio PT chegou a convidá-lo para discutir e ele não quis saber. A função dele era essa. Então, ele está cumprindo uma função ou, melhor dizendo, uma tarefa para esse bloco. E ao cumprir essa tarefa, o bloco fala, ‘essa é uma pessoa de confiança’. Ele abre também a possibilidade de ser eventualmente, nessa eleição ou numa próxima, o candidato do bloco, pois ele mostra em acontecimentos importantes sua lealdade à política do bloco dominante”. 

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