Paes afirma que, em cenário de polarização em 2022, apoiará Lula

Prefeito do Rio de Janeiro declarou ter compromisso com a candidatura de seu partido (PSD) à presidência, que deverá ser a de Rodrigo Pacheco. Mas que num cenário de polarização entre Lula e Bolsonaro, apoiará o ex-presidente

(Foto: Ricardo Stuckert)


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Ricardo Bruno, da Agenda do Poder - Se a disputa pela sucessão presidencial continuar polarizada, como se prenuncia, o candidato do PT terá um forte aliado no Rio. O prefeito Eduardo Paes não hesita entre Lula e Bolsonaro. Fica com o ex-presidente.

Por enquanto, ele ainda está preso ao compromisso institucional de apoio ao nome do PSD, possivelmente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O discurso da terceira via ainda faz sentido e, em respeito aos protocolos de prudência política, Eduardo Paes o adota com o formalismo de um obediente quadro partidário.

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– Mas se a polarização persistir?

– Neste caso, não tenho dúvida: estarei a favor de Lula – antecipa, convicto.

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paes

O prefeito Eduardo Paes em mensagem à Agenda do Poder afirmou nesta sexta-feira que seu compromisso é com a candidatura de seu partido à presidência da República. O PSD deve lançar o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Em entrevista ao Jogo do Poder que vai ar no próximo domingo, Paes reafirmou a disposição de lançar a candidatura do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz ao Governo do Rio. Acredita que se obtiver o apoio do PT – neste caso, anteciparia a declaração de apoio a Lula – Santa Cruz teria enorme chance de vencer a disputa.

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Sobre Cláudio Castro sobraram elogios – ‘tenho uma relação fraternal com ele, é um amigo – mas ainda faltam razões políticas a autorizar um eventual apoio. O grau de proximidade do governador com Jair Bolsonaro vai determinar a decisão do prefeito. “Quem sabe, se ele se distanciar de Bolsonaro”, admitiu.

O pré-candidato do PSB, Marcelo Freixo, também recebeu afagos. A trajetória política incólume do neossocialista foi reconhecida; Paes é grato por ter recebido o apoio –  um tanto velado  – de Freixo em 2018 e  em 2020; elogiou seus movimentos em direção ao centro. Mas ainda enxerga dificuldades para se apresentar ao seu lado durante o pleito. Percebe-se, nas entrelinhas da entrevista, a convicção de que o eleitorado de ambos é absolutamente distinto, o que configuraria impedimento para uma aliança pública.

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Ao comentar a utilização dos recursos da Cedae – a prefeitura vai receber cerca de $ 5,2 bilhões – o prefeito rendeu homenagens ao colega Washington Reis, de Duque de Caxias. Foi dele a iniciativa de fazer incluir em ata a repartição igualitária dos valores de ágio do leilão.

Durante a conversa, da qual participou também a jornalista Daniella Sholl, Paes fez revelações históricas.  Disse que efetivamente convidará o jornalista Fernando Gabeira para ser seu vice nas últimas eleições. E mais: para convencê-lo, comprometeu-se a deixá-lo administrar o Rio por dois anos, pois, neste caso, renunciaria para disputar o Governo do Estado em 2022. A despeito da promessa, Gabeira recusou.

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– Falta confiança no atual vice, Nilton Caldeira, para não admitir a possibilidade, agora?

– Não, não é isto. Se Gabeira aceitasse, nós iríamos anunciar isso na campanha. É diferente – retrucou

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O prefeito admitiu ter sido açodado ao anunciar o relaxamento das restrições; fez mea culpa pelo pecadilho decorrente do excesso de otimismo. “Sou sempre muito otimista. Mas não fui compreendido”.

Ele criticou o Governo Federal pelas falhas na distribuição das vacinas, o que levou a interrupção da imunização por falta de doses nesta semana. Discorreu sobre as negociações para a retomada das obras do corredor Transbrasil. Prometeu recuperar as estações do BRT até setembro para, em janeiro, promover nova licitação para a operação.

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Eduardo Paes falou ainda sobre a recuperação do Centro; o enfrentamento das milícias e sobre a situação financeira da prefeitura.

O Jogo do Poder vai ao ar, neste domingo, às 22h30m, pela Rede CNT de Televisão.

ATUALIZAÇÃO

O prefeito Eduardo Paes esclareceu que hoje defende a candidatura de seu partido, o PSD, à presidência da República. O nome possivelmente será o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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