Padilha diz que não há decisão sobre troca de ministros, mas reconhece que debate está posto
Ministro das Relações Institucionais afirma que Lula tem boa avaliação do trabalho das ministras do Turismo, Daniela Carneiro, e da Saúde, Nísia Trindade
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(Reuters) - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira que não há nenhuma decisão por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para troca de ministros, mas reconheceu que este debate existe por parte de partidos que têm nomes no primeiro escalão e que querem espaço no governo.
Em entrevista à GloboNews, Padilha disse que Lula tem uma boa avaliação do trabalho das ministras do Turismo, Daniela Carneiro; e da Saúde, Nísia Trindade. O União Brasil teria interesse em colocar o deputado Celso Sabino (PA) na pasta do Turismo, já que o grupo político de Daniela Carneiro rompeu com a legenda, embora ela ainda siga filiada, ao passo que a Saúde interessaria ao grupo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
"O presidente Lula tem uma avaliação extremamente positiva do trabalho dessas duas ministras que você está citando, tanto da Daniela quanto da ministra Nísia Trindade. Em nenhum momento isso (troca) entrou em discussão, inclusive pelo trabalho das duas", disse Padilha à emissora.
"Agora, é absolutamente natural. Como eu disse, a gente recebe de forma permanente do conjunto de partidos políticos avaliações sobre os ministros que estão nas pastas, sugestões de novos ministros, sugestões de novos nomes. Eu diria que este tema entrou em debate", acrescentou.
As especulações sobre trocas no primeiro escalão de Lula acontecem após o governo sofrer críticas no Congresso, especialmente na Câmara, por sua articulação política e depois de correr o risco de não ver aprovada a medida provisória que reformulou a estrutura do governo. O projeto passou na Câmara e no Senado horas antes de perder a validade, levando Lira a apontar a falta de uma base governista sólida.
Desde então, Lula e Lira se reuniram nesta semana e parlamentares, como o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), defenderam a cessão de espaços para o presidente da Câmara no governo. Elmar disse ainda que a bancada de deputados do União Brasil estava subrepresentada na formação do governo.
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