Oportunismo político explícito
Na reportagem de Veja sobre a crise no Turismo, tem-se a impresso de que a ministra Marta Suplicy potencial adversria de Jos Serra em So Paulo e no Pedro Novais
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247 – Teorias conspiratórias, em geral, não servem para nada. E quase sempre estão erradas. Mas o fato é que as operações da Polícia Federal, se não servem a interesses políticos escusos, muitas se prestam a interpretações livres, ao gosto do freguês. Em sua edição desta semana, Veja também aborda a Operação Voucher. E trata o caso como se o ministro do Turismo não fosse Pedro Novais, do PMDB, mas sim Marta Suplicy, do PT. Coincidência ou não, Marta pode vir a ser adversária de José Serra nas eleições municipais de São Paulo, em 2012. E não custa lembrar que outro adversário do tucano, o peemedebista Gabriel Chalita, mereceu um tratamento nada distinto, da mesma revista, num perfil recentemente publicado. Do jeito que a coisa anda, tem-se a impressão de que José Serra será sim candidato a prefeito de São Paulo em 2012 – e tudo indica que a guerra política já começou.
Toda a artilharia da revista Veja se volta contra Mario Moysés, que foi assessor de Marta Suplicy, quando ela ocupou o Ministério do Turismo. Seria ele, segundo a revista, o grande mentor e coordenador do esquema. Mas quando Veja cita trechos do relatório da PF e do Ministério Público, isso não é tão claro. “Fica evidente a omissão dolosa do Ministério do Turismo, na pessoa do então secretário executivo, Mario Augusto Lopes Moysés”. Omissão dolosa não é mesmo que idealizar e coordenar.
Ao que tudo indica, a idealização e a coordenação da campanha de José Serra à prefeitura de São Paulo já existem. Só não foram explicitadas.
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