"O que já sabemos que Moro recebeu é muito. Mas, pode não ser tudo. Tem mais? Como ele explica?", diz Marco Aurélio Carvalho

Os advogados Marco Aurélio de Carvalho e Antônio Carlos de Almeida Castro veem HC a ser apresentado ao ministro Luiz Fux como saída possível, embora desonrosa

Sergio Moro e Marco Aurélio Carvalho
Sergio Moro e Marco Aurélio Carvalho (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


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247 –  O advogado Marco Aurélio Carvalho, do Instituto Prerrogativas, crê ser um valor elevado os R$ 3,5 milhões que já se sabe que o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro recebeu da consultoria Alvarez & Marsal. Porém, acredita que pode ser muito superior a esse montante o valor total pago pela empresa que herdou a gestão do espólio da Odebrecht e da OAS, empresas quebradas pela Lava Jato, ao ex-magistrado considerado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.

“Não sabemos se ele só recebeu isso”, diz Carvalho. O que já sabemos que Moro recebeu da Alvarez & Marsal é muito. Mas, pode não ser tudo. Tem mais? Como eme vai explicar? Ponto a ponto, à medida que surjam as descobertas?”, especula. E segue: “Ele constituiu uma pessoa jurídica e recebeu parte dos valores por essa PJ? O prazo de prestação de contas à Receita é diferente entre Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. Os benefícios que ele recebeu estão incluídos nesse valos que agora sabemos?”

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O Instituto Prerrogativas está estruturando um elenco de dúvidas que serão passadas aos órgãos que analisam os vencimentos do ex-juiz e a legalidade deles. Pretendem qualificar os dados, como Moro e a “Força Tarefa” da Lava Jato diziam fazer em Curitiba para expor os investigados a possíveis contradições. O grupo de trabalho do Prerrogativas mostra que o ex-juiz parcial e suspeito recebeu, por exemplo, o equivalente a R$ 300 mil por dia, só com os valores já revelados, ou R$ 10 mil por dia. Ou, ainda, US$ 54 mil por mês. “Quais são as evidências de que prestou as consultorias”, diz um dos esboços de documentos do Prerrô. “Tinha exclusividade? Podia trabalhar para mais alguém? Há relatórios que comprovem os trabalhos dele? Onde estão? O TCU e a Justiça podem vê-los?”. O Prerrogativas pretende submeter o ex-ministro da Justiça a um "questionário" semelhante àquelas inquirições draconianas submetidas aos réus da Lava Jato.

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