O desafio de Helena é o cidadão.com

O caminho da comunicação deste e de qualquer governo passa pelas mídias sociais, como Twitter, Facebook e Orkut



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A ministra Helena Chagas, a nova secretária de Comunicação Social da Presidência, tem um grande desafio pela frente: fazer avançar o projeto de modernização da comunicação entre o Palácio do Planalto e público em geral. Durante o governo Lula, o ministro Franklin Martins e sua equipe deram um grande passo ao colocarem no ar o Blog do Planalto. Este foi um projeto vitorioso e inovador, porque pela primeira vez o governo federal decidiu entrar de verdade nas chamadas mídias sociais. E começou a colher bons frutos.

Mas este foi apenas o primeiro passo. Será preciso avançar mais, principalmente em relação às redes sociais, que hoje são responsáveis por mais de 60% de todo tráfego da internet no Brasil de acordo com pesquisa da Hitwise Serasa Experian (saiba mais acessando www.hitwise.com/us). A evolução das ferramentas de comunicação eletrônica no Brasil tem sido fantástica. Em 2011, a previsão das empresas de telecom é de que cerca de 32 milhões de pessoas serão usuárias do serviço 3G - um crescimento de 60% em relação a 2010. Este salto ainda é restrito às classes A e B, mas em breve estará incorporando a classe C onde a demanda por serviços de banda larga cresce vertiginosamente. E o preço dos celulares tende a cair em proporção inversa.

Dilma já anunciou um plano de banda larga social, o qual será tocado pelo ministro Paulo Bernardo, que trocou o Planejamento pelas Comunicações. A demanda é tanta, que no último dia 1o de dezembro o Centro de Estudos sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (Cetic.br) divulgou previsão segundo a qual até 2014 97% dos usuários de internet no Brasil terão perfil em algum site de relacionamento, seja Orkut, Feacebook, Twitter ou outro qualquer que ainda nem foi inventado. Hoje, de acordo com o Cetic.br, 79% dos mais de 70 milhões de usuários brasileiros têm perfil no Orkut e 11% no Facebook. Portanto, é bom acendermos uma vela para São Paulo e outra para São Bernardo com pedidos para que os caminhos do ministro se abram e ele possa cumprir a nobre missão de tornar realidade estas previsões.

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Os números não servem apenas para medir o tamanho do desafio da ministra Helena Chagas. Indicam que o caminho da comunicação deste e de qualquer governo passa pelas mídias sociais. Um eleitor que tinha dez anos em 2002 e votou aos 18 anos em 2010, não pegou a idade da pedra do celular nem muito menos a internet discada com modem de 256k. Ele cresceu se informando pelo Orkut, trocando posts no Twitter e jogando games em lans houses com banda larga. Hoje ele quer ter um celular 3G para acessar redes sociais. Mais até do que para falar. É através destes meios de comunicação que este eleitor, que em 2014 terá 22 anos e estará saindo da faculdade, se informa e começa a definir suas escolhas políticas. Portanto, não há como fazer comunicação governamental sem levar em consideração estes fatos. Em 2018 essa turma estará com 26 anos de idade e provavelmente disputando cargos de gerência em empresas, muitos começando a constituir família.

A equipe que cuidou da campanha de Dilma nas redes sociais fez um bom trabalho dentro das limitações naturais de orçamento e de prioridade. Este trabalho não pode parar com a eleição e a posse da presidenta, a exemplo do que aconteceu com Obama, que substituiu o conteúdo da plataforma da campanha eletrônica pelo Organizing for America (OFA). O governo precisa avançar na questão dos aplicativos para OS e Blackberry, porque a forma de navegar na WEB está mudando e esta é uma nova linguagem de comunicação rapidamente absorvida pelos jovens. Encontrar o melhor caminho para inserir o governo no dia a dia do cidadão cada vez mais ponto com será a questão crucial para a equipe da ministra.

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*Marcelo S. Tognozzi, jornalista e consultor político especialista em planejamento e estretégia de campanhas digitais

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