Nota vermelha para Kassab

Um dia depois de lanar seu partido Kombi, o PSD, prefeito atinge seu maior ndice de rejeio, de 43%. Pior: a populao d 4,6 de mdia para sua gesto



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247 - A população de São Paulo está dando nota vermelha para o prefeito Gilberto Kassab. Além disso, começou a se esboçar o que pode ser considerada uma tendência de declínio de sua popularidade. Um dia depois de ele anunciar, em Salvador, a 1.979 quilômetros da capital paulista, a criação do PSD (Partido Social Democrático), pesquisa Datafolha apontou que Kassab teve a nota média concedida pelo público paulistano rebaixada de 5,4, quatro meses atrás, para 4,6 agora. O índice dos que classificam a administração como “ótima/ boa” caiu de 37% para 29%. O volume de regular também decresceu, de 30% no último levantamento para 27% no atual. O total de avaliações “ruim/péssimo” subiu de 31% para 43%. Este é o maior índice de rejeição ao prefeito já registrado ao longo de suas duas administrações na cidade, sublinhou o jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a pesquisa Datafolha.

    O reajuste nas passagens de ônibus, que saltaram de R$ 2,70 para R$ 3,00, e questões urbanas mal resolvidas como o aumento dos pontos de enchentes e os problemas na coleta de lixo são fatores atribuídos para o mau desempenho de Kassab. A aferição que revelou a queda de popularidade do prefeito foi feita nos dias 15 e 16 deste mês, por meio de 1.089 entrevistas. Neste período, Kassab estava em plena articulação para a formação do novo partido.

      Além do vice-governador Guilherme Afif Domingos, também o ex-vice governador Cláudio Lembo anunciou seu desligamento do DEM para ingressar na nova legenda montada por Kassab. Lembo é o atual secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura paulistana. A nova legenda deverá ter sua foi situação regularizada até o meio do ano. Uma surpresa foi o ingresso da ex-deputada federal Zulaiê Cobra Ribeiro, uma das fundadoras do PSDB que, sem espaço entre os tucanos, migrou para o PSD. Havia planos para a sigla se chamar PDB (Partido da Democracia Brasileira), mas esta ideia foi abatida em razão do apelido de Partido Da Boquinha, imposto por adversários e imediatamente incorporado nos meios políticos.

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      Outro vice que entrou para a nova agremiação – uma espécie de partido kombi destinado a levar Kassab a se candidatar ao governo de São Paulo em 2014, quando poderá concorrer pelo PSB – é o vice-governador da Bahia, Otto Alencar. Conta-se com a adesão do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), e da senadora Katia Abreu (DEM-TO), líder da bancada ruralista, para os próximos dias. Com apoio inicial em 9 dos 27 Estados da Federação, o PSD não pode ser considerado, ainda, um partido ônibus, no qual haveria espaço para muitos quadros de centro-direita do País. Em razão do tamanho diminuto com que aparece no cenário político , pode ser visto, no máximo, como um partido kombi. Espera-se que, encerradas as articulações para a sua criação, o prefeito Kassab saia do volante para voltar a pilotar durante mais tempo a máquina administrativa de São Paulo.   

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